Com prejuízo bilionário no 1º trimestre e pressão de aliados pelo cargo, presidente dos Correios pede demissão

Com prejuízo bilionário no 1º trimestre e pressão de aliados pelo cargo, presidente dos Correios pede demissão


Empresa teve pior déficit entre as estatais em 2024 e registrou prejuízo de R$ 1,7 bilhão no primeiro trimestre de 2025. Cargo é almejado pelo União Brasil, que comanda ministério. O presidente dos Correios, Fabiano Silva, pediu demissão na noite desta sexta-feira (4).
Presidente dos Correios, Fabiano Silva
José Cruz/Agência Brasil
Silva deixou a carta de demissão no Palácio do Planalto, para auxiliares de Lula, que está em viagem no Rio de Janeiro. A demissão só deve ser oficializada após uma conversa entre Fabiano e o próprio presidente.
Aliados do presidente dos Correios afirmam que a permanência dele ficou insustentável por conta de uma suposta pressão do ministro da Casa Civil, Rui Costa, e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), pela troca na presidência da estatal.
Alcolumbre tenta emplacar um aliado na presidência dos Correios desde o início do terceiro mandato de Lula. O Ministério das Comunicações, ao qual os Correios são subordinados, é chefiado por Frederico Siqueira Filho, do União Brasil.
Em meio à crise com Lula, União Brasil pressiona pelos Correios e Banco do Brasil
Aliados de Fabiano afirmam ainda que problemas de saúde também o levaram a tomar a decisão de se demitir.
Silva deixa o cargo após a empresa ter o pior déficit entre as estatais em 2024 e registrar um prejuízo de R$ 1,7 bilhão no primeiro trimestre deste ano.

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