Castro avisa que vai a Brasília, recua e decide ficar no Rio

Castro avisa que vai a Brasília, recua e decide ficar no Rio


Depois que o governo federal anunciou o envio de uma comitiva ao Rio de Janeiro em razão da operação policial que deixou mais de 60 mortos e do caos gerado pela reação do tráfico, o governador do RJ, Cláudio Castro (PL), sinalizou ao Palácio do Planalto que pretendia ir a Brasília em vez de aguardar as autoridades em seu estado.
A decisão de enviar uma comitiva ao Rio de Janeiro havia sido tomada após uma reunião no Palácio do Planalto convocada pelo presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), e na sequência de uma troca de farpas entre os governos Lula e Castro em meio ao caos na região metropolitana do Rio.
Segundo o blog apurou, depois que essa decisão foi tomada, Castro informou o Palácio do Planalto que ele é quem pretendia a ir Brasília.
Mais tarde, entretanto, recuou e disse à colunista Ana Flor que ficaria em seu estado.
Governo do Rio e governo federal trocam acusações sobre operação com dezenas de mortos no Rio
Reunião do governo
O governo federal fez uma reunião no fim da tarde desta terça-feira (28) no Palácio do Planalto convocada pelo presidente em exercício, Geraldo Alckmin. Participaram também os ministros Rui Costa (Casa Civil), Sidônio Palmeira (Secom), Gleisi Hoffman (Relações Institucionais), Jorge Messias (AGU) e Macaé Evaristo (Direitos Humanos), além de representantes dos ministérios da Justiça, da Defesa e da Polícia Federal.
O presidente Lula estava em voo e não participou da reunião. Ele embarcou na noite desta segunda-feira (27) na Malásia e desembarcou em Brasília nesta terça por volta de 20h.
A aeronave que o presidente Lula está não tem comunicação externa e nem conexão com a internet.
Na reunião tinha ficado decidido que os ministros Lewandowski e Rui Costa iriam para o Rio, acompanhados de William Marcel Murad, diretor-executivo da PF. Contudo, devem participar da reunião com Castro em Brasília.

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