🔎 O juro real é formado, entre outros pontos, pela taxa de juros nominal subtraída a inflação prevista para os próximos 12 meses. Assim, segundo levantamento compilado pelo MoneYou, os juros reais do país ficaram em 9,51%.
A primeira colocação do ranking continuou com a Turquia, que registrou uma taxa real de 12,34%. Em terceiro, está a Rússia, com juros reais a 4,79%.
Em relatório divulgado nesta quarta-feira, o MoneYou ressaltou que o Brasil ainda enfrenta incertezas inflacionárias, devido às preocupações com os gastos do governo e aos desafios da guerra tarifária de Donald Trump — o que impacta as decisões sobre juros.
A Argentina, que havia registrado um juro real de 6,70% na última medição da MoneYou — ficando na 3ª posição do ranking de julho — caiu para a 6ª posição em setembro, empatada com a Índia, com um juro real de 3,54%.
Veja abaixo os principais resultados da lista de 40 países.
Selic inalterada
Nesta quarta-feira, o Copom anunciou sua decisão de manter a taxa básica de juros inalterada na faixa de 15% ao ano.
Com isso, a Selic segue no maior patamar em quase 20 anos — em julho de 2006, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a taxa estava em 15,25%.
Juros nominais
Considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira caiu da segunda para a quarta posição.
- Turquia: 40,50%
- Argentina: 29,00%
- Rússia: 17,00%
- Brasil: 15,00%
- Colômbia: 9,25%
- México: 7,75%
- África do Sul: 7,00%
- Hungria: 6,50%
- Índia: 5,50%
- Indonésia: 5,00%
- Filipinas: 5,00%
- Polônia: 4,75%
- Chile: 4,75%
- Hong Kong: 4,75%
- Israel: 4,50%
- Estados Unidos: 4,25%
- Reino Unido: 4,00%
- Austrália: 3,60%
- República Tcheca: 3,50%
- Nova Zelândia: 3,00%
- China: 3,00%
- Malásia: 2,75%
- Canadá: 2,75%
- Coréia do Sul: 2,50%
- Alemanha: 2,15%
- Áustria: 2,15%
- Espanha: 2,15%
- Grécia: 2,15%
- Holanda: 2,15%
- Portugal: 2,15%
- Bélgica: 2,15%
- França: 2,15%
- Itália: 2,15%
- Suécia: 2,00%
- Taiwan: 2,00%
- Dinamarca: 1,60%
- Tailândia: 1,50%
- Cingapura: 1,37%
- Japão: 0,50%
- Suíça: 0,00%
Sede do Banco Central em Brasília — Foto: Raphael Ribeiro/BCB