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Brasil busca fechar acordos em IA, saúde e clima na Cúpula do Brics

por Redação
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Negociações de três temas estão encaminhadas, e são tidas como prioridade da presidência brasileira do bloco. O Brasil já tem negociações avançadas e espera fechar três declarações com temas tidos como prioritários enquanto presidente do Brics na cúpula que acontece entre esta sexta-feira (4) até a próxima segunda, 7 de julho, no Rio de Janeiro.
As iniciativas serão destacadas separadamente do comunicado final do encontro, com o objetivo de ressaltar as prioridades da presidência brasileira (veja temas abaixo).
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Fontes da diplomacia brasileira entendem que destacar iniciativas do comunicado final dão maior ênfase e publicidade aos seus objetivos.
Um exemplo dado foi a ação global contra a fome e a pobreza, lançada à parte do comunicado final do G20, também presidido pelo Brasil no ano passado.
🔎O Brics é um grupo formado por 11 países membros e outros parceiros que funciona como foro de articulação político-diplomática do Sul Global e de cooperação em várias áreas.
🔎Entre os objetivos estão fortalecer a cooperação econômica, política e social entre seus membros e promover um aumento da influência dos países do Sul Global na governança internacional.
Os três temas abordados nos comunicados são:
Inteligência Artificial: tratamento de dados e governança
Erradicação de doenças derivadas da pobreza: cooperação entre membros
Financiamento do combate à mudança climática: agenda de liderança
Veja mais detalhes abaixo:
Rio ‘decorado’ para o Brics
Fábio Motta / Prefeitura do Rio
Inteligência Artificial: tratamento de dados e governança
A atenção à Inteligência Artificial (IA) terá foco no tratamento de dados como ativos econômicos. O governo defende a necessidade de governança global para a IA.
No Brasil, o projeto de regulamentação do uso de inteligência artificial foi aprovado no Senado em novembro de 2024 e está em análise na Câmara dos Deputados.
Erradicação de doenças derivadas da pobreza: cooperação entre membros
A erradicação de doenças derivadas da pobreza, por meio da cooperação entre os países-membros, é tida como fundamental pela presidência brasileira.
O Brasil busca conduzir uma aliança internacional para a eliminação dessas doenças, o que é avaliado por diplomatas como muito bem-vindo, no contexto do fim das operações da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), anunciado pelo governo Trump.
A iniciativa estaria ligada a outros projetos que já acontecem no bloco, como a ampliação da Rede de Pesquisa BRICS sobre a Tuberculose.
Financiamento do combate à mudança climática: agenda de liderança
A terceira prioridade envolve o financiamento do combate à mudança climática. O Brasil busca divulgar uma agenda de liderança climática compartilhada com outros países do Brics, com soluções para intensificar esforços para não ultrapassar o limite de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.
A declaração deve incluir o tema do financiamento climático. O Brasil também quer aproveitar para atrair mais atenção ao assunto, pelo contexto da COP30, sediada em Belém, em novembro deste ano.
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Cúpula no Rio de Janeiro
A Cúpula do Brics no Rio de Janeiro se trata do encontro mais importante do bloco em 2025, reunindo chefes de Estado, chanceleres e assessores de alto nível dos países-membros, o que provoca uma série de medidas de segurança e logística.
Mais de 100 reuniões preparatórias foram realizadas entre fevereiro e julho deste ano, muitas delas por videoconferência. Além disso, houve duas reuniões com os negociadores políticos – os chamados sherpas.
A primeira, em fevereiro, no Palácio Itamaraty, em Brasília, teve a aprovação unânime dos temas centrais propostos pelo Brasil, com destaque ao ponto de revisão da Parceria Estratégica na Área Econômica, um plano de cinco anos que passa por renovação sob a liderança brasileira.
O destaque da segunda reunião, já no Rio, em abril, foi a participação inédita da sociedade civil, com uma mudança significativa na forma como o grupo incorpora as demandas sociais no processo decisório.
O resultado foram consensos como de que o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês) deve ser principal agente de financiamento da industrialização do Sul Global.

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