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Boletim Focus: mercado financeiro reduz estimativa de inflação em 2025 pela 10ª semana seguida
Números foram divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (4). Projeção dos analistas dos bancos para o crescimento do PIB em 2026 continuou em 2,23%.
Economistas do mercado financeiro reduziram, pela décima semana consecutiva, a estimativa de inflação para este ano.
A projeção para 2026 também recuou.
As projeções fazem parte do boletim “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (4) pelo Banco Central (BC).
Desde o início de 2025, com a adoção do sistema de meta contínua, o objetivo é manter a inflação em 3%, sendo considerado dentro da meta se variar entre 1,5% e 4,5%.
Com a inflação acima do teto do sistema de metas por seis meses consecutivos até junho, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, precisou enviar uma carta pública ao ministro Fernando Haddad explicando os motivos do novo descumprimento da meta.
Economistas do mercado financeiro reduziram, pela décima semana consecutiva, a estimativa de inflação para este ano. A projeção para 2026 também recuou.
As projeções fazem parte do boletim “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (4) pelo Banco Central (BC), com base em pesquisa realizada com mais de 100 instituições financeiras na última semana.
EXPECTATIVA DE INFLAÇÃO DO MERCADO PARA 2025
EM % AO ANO
Fonte: BANCO CENTRAL
- ➡️ A estimativa de inflação para 2025 caiu de 5,09% para 5,07%, ainda bem acima do teto da meta, que é de 4,5%.
- ➡️ Para 2026, a projeção recuou de 4,44% para 4,43%.
- ➡️ Para 2027, a expectativa foi mantida em 4%.
- ➡️ Para 2028, a previsão permaneceu em 3,80%.
- Pelo sistema de metas, cabe ao Banco Central ajustar os juros para manter a inflação dentro do intervalo estabelecido.
- Para isso, a instituição olha para frente, pois a Selic demora de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia.
- Neste momento, por exemplo, o BC já considera a expectativa de inflação acumulada em 12 meses até meados de 2026.
- Desde janeiro, a inflação acumulada em 12 meses passou a ser comparada com a meta e seu intervalo de tolerância.
- Se a inflação permanecer fora desse intervalo por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida.
- Caso a meta de inflação não seja atingida, o BC deve enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os motivos.
Com a inflação acima do teto do sistema de metas por seis meses consecutivos até junho, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, precisou enviar uma carta pública ao ministro Fernando Haddad explicando os motivos do novo descumprimento da meta.
🔎 Por que isso importa? Quanto maior a inflação, menor o poder de compra da população — especialmente entre quem recebe salários mais baixos. Isso ocorre porque os preços sobem, mas os salários não acompanham esse aumento.
Produto Interno Bruto
A projeção do mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 foi mantida em 2,23%.
Para 2026, a projeção de crescimento do PIB caiu de 1,89% para 1,88%.
- ➡️ O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e é utilizado para medir o desempenho da economia.
Taxa de juros
Economistas do mercado financeiro mantiveram a projeção para a taxa básica de juros em 2025.
- Para o fechamento de 2025, a projeção permanece em 15% ao ano — atual nível da taxa básica de juros.
- Para o fim de 2026, a projeção foi mantida em 12,50% ao ano.
- Para o fechamento de 2027, a projeção do mercado também permaneceu em 10,50% ao ano.
Outras estimativas
Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC:
- Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2025 permaneceu em R$ 5,60. Para o encerramento de 2026, a estimativa foi mantida em R$ 5,70.
- Balança comercial: a projeção é de superávit da balança comercial em 2025, mas recuou de US$ 66,7 bilhões para US$ 65,3 bilhões. Para 2026, a estimativa de saldo positivo subiu de US$ 70 bilhões para US$ 70,8 bilhões.
- Investimento estrangeiro: a previsão para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2025 foi mantida em US$ 70 bilhões. Para 2026, a estimativa também permaneceu inalterada, em US$ 70 bilhões.