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BC obriga bancos a bloquear pagamentos para contas suspeitas de fraude; entenda

por Redação
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Segundo a instituição, a medida vale para transações realizadas com qualquer instrumento de pagamento e está em vigor desde o mês passado.

Ainda de acordo com o BC, as instituições financeiras devem utilizar todas as informações disponíveis — inclusive as presentes em sistemas eletrônicos e bancos de dados públicos ou privados — para avaliar se há envolvimento das contas em fraudes.

“As instituições devem comunicar ao titular da conta sobre a efetivação das medidas tomadas em casos de suspeita de fraude e consequente bloqueio”, disse o BC em nota, na época do anúncio.

A medida é mais uma ação da instituição contra o crime organizado, e busca reforçar os processos e protocolos de segurança do sistema financeiro, em meio ao envolvimento do crime organizado nos recentes ataques registrados no país. (Veja mais abaixo)

No início deste mês, por exemplo, o BC também passou a bloquear as chaves PIX indicadas pelas instituições financeiras como utilizadas para golpes e fraudes. Nesse caso, os bancos marcam o CPF/CNPJ e a chave PIX do usuário sempre que há uma suspeita de fraude.

Após a marcação por parte das instituições financeiras, não é possível iniciar nem receber transações por meio de contas desse usuário.

“Além disso, o banco pode rejeitar o pedido de registro de novas chaves PIX, caso o usuário já tenha outra chave ou CPF/CNPJ com marcação”, explicou o BC.

Ações contra o crime organizado

  • limites menores de transferência via PIX e TED (R$ 15 mil) para instituições de pagamento não autorizadas e para aquelas que se conectam ao sistema financeiro através dos Prestadores de Serviços de Tecnologia da Informação (PSTIs);
  • obrigatoriedade de aprovação prévia, pelo BC, para entrada de novas instituições no sistema financeiro, com regras mais rígidas para autorização; e
  • confirmação de “certificação técnica” para operar no sistema.

💸 Instituições de pagamento não autorizadas são empresas ou plataformas que realizam operações como transferências (incluindo PIX), pagamentos e emissão de dinheiro eletrônico sem ter a devida permissão do BC. Isso aumenta o risco de lavagem de dinheiro, fraudes e prejuízos econômicos.

💻 Também atuam no sistema, sem regulação obrigatória, empresas que prestam serviços de apoio ou tecnologia, mas não realizam operações típicas de instituições financeiras. Entram nessa lista: plataformas de gestão financeira, empresas de sistemas de automação para bancos, e marketplaces financeiros sem envolvimento direto em operações.

Banco Central do Brasil (BC) — Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Ataques e envolvimento do crime organizado

Já em julho, o Banco Central informou que a C&M Software — empresa que presta serviços tecnológicos e conecta instituições financeiras ao BC — comunicou ter sido alvo de um ataque à sua infraestrutura.

O esquema era comandado por integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). As instituições eram utilizadas para lavar dinheiro, mascarar transações e ocultar patrimônio.

Segundo a investigação, o grupo deixou de pagar mais de R$ 7,6 bilhões em impostos, e foram identificadas irregularidades em várias etapas da produção e distribuição de combustíveis no país.

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