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Autoridades pelo mundo ‘compram mentiras’ do Hamas e atacam governo Netanyahu, diz embaixada após críticas de Lula

por Redação


Nota não cita presidente brasileiro, mas diz que decidiu se pronunciar após ‘repetidas acusações’ contra o país. No fim de semana, Lula voltou a criticar governo de Israel, afirmando que age com ‘vingança’ contra palestinos. A embaixada de Israel em Brasília divulgou uma nota no fim da noite desta segunda-feira (2) na qual afirmou, sem citar nomes, que autoridades ao redor do mundo “compram mentiras” do grupo terrorista Hamas — que controla a Faixa de Gaza — e por isso atacam o governo de Benjamin Netanyahu (leia mais abaixo).
A nota não faz menção ao nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Entretanto, no último fim de semana, ao participar de um evento, Lula voltou a criticar as ações militares de Israel em Gaza, afirmando que o governo Netanyahu age com “vingança” contra os palestinos e que acontece um “genocídio” na região (veja vídeo a seguir).
Brasil condena postura de Israel; Lula fala em genocídio
“A maioria do povo judeu não concorda com essa guerra. O povo de Israel não quer essa guerra. Essa guerra é uma vingança de um governo contra a possibilidade da criação do estado Palestino, por detrás do massacre em busca do Hamas, o que existe na verdade é a ideia de assumir a responsabilidade e ser dono do território de Gaza”, afirmou Lula no fim de semana.
Nesta terça-feira (3), durante uma entrevista coletiva em Brasília, Lula foi perguntado sobre a nota da embaixada. Na resposta, disse que Israel deve parar de fazer “vitimismo” e reiterou as críticas ao governo Netanyahu.
“Vem dizer que é antissemitismo? Precisa parar com esse vitimismo. O que está acontecendo na Faixa de Gaza é um genocídio, é a morte de mulheres e crianças que não estão participando de guerras”.
Posicionamento da embaixada de Israel
“Diante das repetidas acusações contra as atividades de Israel na Faixa de Gaza, é importante esclarecer as coisas e não se deixar levar pela propaganda e notícias falsas da organização terrorista Hamas”, afirmou a embaixada israelense em Brasília.
“Em todas as suas ações, Israel não tem a intenção de prejudicar pessoas não envolvidas. Pelo contrário, Israel permite a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, enquanto se esforça para garantir que ela chegue às pessoas que precisam e não às mãos do Hamas. Israel não quer a guerra e o sofrimento causados por ela, resultado do uso da população de Gaza como escudo humano pelo Hamas, utilizando hospitais, escolas e creches para fins militares”, acrescentou a representação diplomática.
Em outro ponto do comunicado, a embaixada disse que o Hamas propaga notícias falsas para “influenciar a opinião pública mundial a seu favor” por meio de “eventos encenados, incidentes que não aconteceram e histórias falsas” para “alimentar o antissemitismo no mundo”.
“Infelizmente, tem quem compre essas mentiras, que estão prejudicando israelenses e judeus no Brasil e no mundo todo”, concluiu a embaixada de Israel em Brasília.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante pronunciamento em 21 de maio de 2025
REUTERS/Ronen Zvulun/Pool
As críticas do Brasil ao governo Netanyahu
Desde que a guerra entre o governo de Israel e o Hamas começou, em outubro de 2023, o governo brasileiro tem defendido que as partes cheguem a um acordo de cessar-fogo permanente, que permita a entrada ininterrupta de ajuda humanitária para os palestinos.
Dados divulgados pelo Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, estimam em cerca de 60 mil o número de pessoas que já morreram desde o início do conflito.
Além disso, o governo de Israel tem bloqueado ou permitido somente a entrada parcial de ajuda humanitária, abaixo do que a Organização das Nações Unidas (ONU) estima ser o necessário para atender à população.
Nesse cenário, o governo brasileiro tem feito reiteradas críticas à forma como Netanyahu conduz o processo, seja por meio de declarações do presidente Lula ou por comunicados oficiais divulgados pelo Ministério das Relações Exteriores.
Além disso, ao longo dos últimos meses, o governo brasileiro:
defendeu a saída completa das tropas israelenses de Gaza;
questionou os limites éticos e legais das ações militares do governo Netanyahu;
declarou que israelenses agem como “colonos” contra os palestinos;
afirmou que a estratégia militar israelense dificulta um eventual acordo.
Recentemente, ao participar de duas audiências no Congresso Nacional, o chanceler brasileiro Mauro Vieira se referiu ao que acontece em Gaza como “carnificina”, afirmando também que o governo Netanyahu pratica “atrocidades” e reage de forma “desproporcional” contra o povo palestino, praticando medidas que “ultrapassaram todos os limites”.

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