Vai e vem expõe novo ruído de comunicação do governo Lula em tema chave que pesa no bolso dos brasileiros: a inflação dos alimentos. Após Rui Costa falar em intervenção nos alimentos, Casa Civil nega e cita ‘medidas’
Após o ministro da Casa Civil, Rui Costa, dizer na manhã desta quarta-feira (22) que o governo Lula faria intervenções para baratear o preço dos alimentos, o próprio ministério negou que prevê tal ação e disse que o ministro usou um termo equivocado.
Pela manhã, Rui Costa declarou:
“Nós vamos fazer algumas reuniões com o ministro da Agricultura, com o ministro do Desenvolvimento Rural, que pega as pequenas propriedades, e o ministério da Fazenda para a gente buscar um conjunto de intervenções que sinalizem para um barateamento dos alimentos”.
No início da tarde, o ministério enviou ao blog posicionamento no qual dizia que o termo correto seria “medidas”, diferentemente de “intervenções” faladas por Rui Costa.
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“Era para falar medidas, ele usou intervenção”, afirmou uma fonte ao blog. “Sem chances de acontecer qualquer intervenção, como no passado”.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, participa de audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado para falar sobre o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no Congresso Nacional, em Brasília, na manhã desta terça-feira, 30 de abril de 2024.
Wilton Junior/Estadão Conteúdo
Segundo apurado pelo blog, eventuais intervenções artificiais nos preços não estão colocadas entre as medidas previstas nas discussões e não devem acontecer.
Em 2024, a inflação estourou o teto da meta e fechou o ano a 4,83% – o limite era 4,5%. O preço dos alimentos puxou o indicador e foi o que mais subiu no período. O café, por exemplo, subiu quase 40% no ano passado.
O governo está abordando um tema que é chave e central no país: a inflação dos alimentos. Resta agora saber quais medidas seriam, mais do que dizer que não haverá intervenção.
Após Rui Costa falar em ‘intervenção’ no preço dos alimentos, Casa Civil nega e cita ‘medidas’
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