Início » Após acelerar pagamento de emendas e negociar com partidos, governo Lula consegue aprovar corte de gastos

Após acelerar pagamento de emendas e negociar com partidos, governo Lula consegue aprovar corte de gastos

por Redação
apos-acelerar-pagamento-de-emendas-e-negociar-com-partidos,-governo-lula-consegue-aprovar-corte-de-gastos


Depois de acelerar a liberação de emendas de comissão, o governo Lula conseguiu aprovar com 286 votos a favor o projeto de corte de gastos, nesta quarta-feira (30).
Até a semana passada, o governo havia empenhado apenas cerca de 3% das emendas de comissão. Ontem, esse percentual havia subido para mais de 60%, contornando uma das principais reclamações de deputados.
Câmara aprova texto-base do projeto de corte de gastos
O projeto garante R$ 25 bilhões aos cofres públicos, numa combinação de corte de gastos e fechamento de brechas no uso de créditos tributários de PIS e Confins — ações que reduzem a arrecadação do governo.
As medidas foram incluídas em um projeto que já estava com a tramitação adiantada, e que autoriza a atualização patrimonial de bens no Imposto de Renda em troca do pagamento de um tributo.
O resultado da votação de quarta mostrou que deram resultados as negociações da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para reorganizar a base de apoio de Lula.
As conversas foram feitas inclusive com partidos do Centrão, como PP, União Brasil e Republicanos, que derrubaram a MP 1303, que agora foi ressuscitada pela metade no projeto aprovado ontem.
Discussão e votação de propostas legislativas.
Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados
A outra metade virá na forma de outro projeto de lei, em regime de urgência, aumentando a tributação sobre bets, fintechs e juros sobre o capital próprio. Esse, porém, irá enfrentar resistências dentro do Legislativo.
🔎A MP 1303 é a medida provisória do governo que previa uma série de medidas de cortes de gastos para equilibrar as contas públicas. Ela acabou perdendo a validade porque não foi votada no Congresso a tempo, em um movimento de ‘retaliação’ dos deputados. O governo reenviou trechos da proposta em formato de projetos de lei, como o aprovado nesta quarta.
O governo quer acelerar a votação do projeto de corte de gastos tanto na Câmara dos Deputados como no Senado Federal.
O motivo da pressa é que, por aconselhamento da secretaria de assuntos jurídicos do Palácio do Planalto, o governo desistiu de editar uma medida provisória com o mesmo conteúdo do projeto que deve ser votado hoje na Câmara.
Segundo os assessores jurídicos, na parte que trata de créditos de PIS e Cofins há um risco jurídico de a medida ser considerada ilegal porque ela só poderia entrar em vigor no último mês do ano, depois de ter constatado numa MP anterior, a 1303.
A intenção do governo era editar a medida provisória para que as medidas entrassem em vigor imediatamente. Agora, a estratégia é acelerar a votação.

você pode gostar

SAIBA QUEM SOMOS

Somos um dos maiores portais de noticias de toda nossa região, estamos focados em levar as melhores noticias até você, para que fique sempre atualizado com os acontecimentos do momento.

CONTATOS

noticias recentes

as mais lidas

Jornal de Minas © Todos direitos reservados à Tv Betim Ltda®