Ciro Gomes e Michelle Bolsonaro
Marcos Serra Lima/G1 e Evaristo SA / AFP
Na avaliação de integrantes do Centrão ouvidos pelo blog, Michelle Bolsonaro escolhe o caminho do bolsonarismo raiz ante alguns filhos de Bolsonaro — como Flávio — que almejam fazer costuras eleitorais mais pragmáticas e que garantam palanques estaduais competitivos.
O Centrão avalia que o ex-presidente está em modo de sobrevivência política e precisa apostar em alianças que alavanque o candidato da direita que eles desejam — o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos).
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Isso inclui alianças com adversários, em busca de equilibrar pragmatismo e radicalismo. No contexto do Ceará, para esse grupo, um palanque no estado com Ciro é muito mais interessante do que o de Eduardo Girão (Novo), nome defendido por Michelle.
Segundo a última Quaest, Ciro teria 33% de votos contra Lula (PT) em um eventual segundo turno — e é razoável supor que, no Ceará, bastião da família Gomes, esse percentual possa ser ainda maior. Já Girão, na disputa pela prefeitura de Fortaleza em 2024, terminou com 1% dos votos.
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Mas Michelle, que também é presidente do PL Mulher, não concordou com esse caminho e aproveitou o capital político que consolidou na base raiz bolsonarista nas redes sociais para dinamitar o caso Ciro Gomes com suas postagens na última terça (2).
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Mas essa não é a posição da direita que não quer Bolsonaro na chapa presidencial e defende Tarcísio como o futuro candidato ano que vem.
Esses — ao observarem o episódio do Ceará — avaliam que a família briga por manter protagonismo nas decisões de 2026, mas vão acabar se isolando com radicalismo e rejeição.
Eles defendem que a família trabalhe seus nomes para o Congresso Nacional, mas não na chapa presidencial.
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