Alckmin diz que ‘principal passo’ na relação Lula-Trump foi dado e que ‘prioridade’ é retirada de tarifa

O presidente em exercício do Brasil, Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira (27) que o “principal passo” na relação entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump foi dado na reunião entre os dois chefes de Estado neste domingo (26) na Malásia.
Durante entrevista em Brasília, Alckmin, que também chefia o ministério responsável pela política comercial do Brasil, disse que a prioridade, após a aproximação de Lula e Trump, é a retirada da tarifa extra de 40% sobre produtos brasileiros importados pelos Estados Unidos.
“Importantíssima aproximação política do presidente Lula e do presidente Trump, que abriram as portas do entendimento. Agora é avançar nas questões técnicas, questões tributárias, não tributárias, oportunidades de investimento no Brasil e nos Estados Unidos, complementariedade econômica”, declarou Alckmin.
O ministro da Indústria afirmou que a sobretaxa de 40% atinge diferentes setores produtivos e o agronegócio. “Essa é a prioridade: reduzir essa alíquota para esse setor mais atingido. O mais rápido possível”, emendou.
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Alckmin foi escalado por Lula para, ao lado dos ministros Mauro Vieira (Itamaraty) e Fernando Haddad (Fazenda) e diplomatas, negociar com os norte-americanos a retirada das tarifas sobre as exportações brasileiras.
Segundo o vice-presidente, ainda não há data para uma nova reunião entre representantes dos dois países.
Na manhã desta segunda, Lula falou de uma reunião entre as equipes nas próximas semanas.
‘Reunião muito boa’, diz Trump
Nesta segunda, durante viagem ao Japão, Trump comentou o encontro com Lula. A jornalistas, o norte-americano disse que a reunião “foi muito boa”, mas não garantiu que haverá um acordo para retirada do tarifaço.
“Não sei se alguma coisa vai acontecer, mas veremos. Eles gostariam de fazer um acordo. Vamos ver, agora mesmo eles estão pagando, acho que 50% de tarifa”, declarou o presidente dos Estados Unidos.
O vice-presidente, Geraldo Alckmin, em imagem de arquivo
Mateus Bonomi/Estadão Conteúdo