Desde que voltou ao cargo em janeiro, a ameaça de tarifas feita por Trump afastou parceiros comerciais, trouxe volatilidade aos mercados financeiros e aumentou a incerteza econômica global.
“Sim, eu já discuti isso com as pessoas aqui. Chips e semicondutores — vamos aplicar tarifas às empresas que não vierem. A tarifa será implementada muito em breve”, disse Trump, sem informar prazo ou percentual exato.
“Será uma tarifa significativa — não tão alta, mas relevante — com a condição de que, se vierem para o país, estiverem construindo ou planejando produzir aqui, não haverá tarifa”, acrescentou.
Trump transformou as tarifas em um pilar da política externa dos EUA, usando-as para pressionar politicamente, renegociar acordos comerciais e obter concessões de países e empresas que exportam para o país.
“Se não estiverem vindo, haverá tarifa”, continuou Trump em seus comentários sobre semicondutores. “Eu diria que o [CEO da Apple] Tim Cook está em boa posição”, disse, enquanto Cook estava sentado do outro lado da mesa.
A Apple, fabricante do iPhone, aumentou recentemente seu investimento planejado nos EUA para US$ 600 bilhões nos próximos quatro anos, em meio à aproximação de líderes de tecnologia com Trump durante seu segundo mandato.
A gigante taiwanesa TSMC e as sul-coreanas Samsung Electronics e SK Hynix anunciaram investimentos em novas fábricas de chips nos EUA.
Trump tem enfrentado resistência legal pelo uso das tarifas. Sua administração pediu à Suprema Corte dos EUA que analise rapidamente um recurso para manter suas tarifas abrangentes, aplicadas com base em uma lei de 1977 destinada a emergências, depois que um tribunal inferior invalidou a maioria das medidas — que são centrais em sua agenda econômica e comercial.
Tarifaço: Trump critica tribunal de apelações dos EUA e diz que tarifas continuam em vigor