STF marca para esta quinta interrogatório de deputados do PL acusados de desviar emendas

STF marca para esta quinta interrogatório de deputados do PL acusados de desviar emendas

Os deputados Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE) serão interrogados nesta quinta-feira (28) por decisão do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF). Eles respondem em ação penal que apura o desvio de emendas parlamentares.
Em março, os três se tornaram réus por decisão unânime da 1ª Turma do STF e passaram a responder pelos crimes de organização criminosa e corrupção passiva.
Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), em 2020 o grupo pediu ao então prefeito de São José de Ribamar (MA) o pagamento de R$ 1,66 milhão em propina, em troca da destinação de R$ 6,67 milhões em emendas parlamentares.
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De acordo com a acusação, Josimar Maranhãozinho liderava o esquema, com ingerência também sobre emendas dos colegas. A Polícia Federal apurou que Bosco Costa utilizava a esposa e o filho para a destinação de parte dos recursos, em um esquema que envolveria agiotas, blogueiros e empresários.
Relatórios da PF apontam que o grupo exigia, inclusive com ameaças armadas, a devolução de 25% dos valores das emendas destinadas à saúde do município. Um documento obtido pelo blog em fevereiro mostrou o caminho da propina: agiotas emprestavam dinheiro aos parlamentares; em seguida, eles direcionavam emendas a prefeituras; e, por fim, os agiotas cobravam o “retorno” dos prefeitos.
Ao marcar o interrogatório, Zanin ressaltou que o processo entra na fase final.
“O dispositivo antecede o encerramento definitivo da instrução processual e o próprio oferecimento de alegações finais”, escreveu o ministro.
Ele destacou ainda que todos os elementos da ação penal já foram disponibilizados às defesas, afastando pedidos de adiamento:
“Não se cogita de prejuízo, nem sequer em tese, com a realização do ato ora agendado. Os requerimentos da defesa não possuem o condão de simplesmente impedir a realização dos interrogatórios.”

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