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Reag Capital deixa de ser companhia aberta e sai da bolsa após megaoperação contra o PCC

por Redação
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Com a decisão, a holding deixa a categoria B, destinada a empresas que emitem títulos ao público (como debêntures ou cotas de fundos de investimentos), mas não têm ações na bolsa. Ao sair dessa categoria, a companhia passa a ser de capital fechado.

🔎 Na prática, isso quer dizer que a Reag Capital Holding não precisará mais seguir as regras de transparência e prestação de contas da CVM exigidas das companhias abertas — mesmo da categoria B, que é uma versão “simplificada” da categoria A (a das empresas listadas em Bolsa).

“Com o cancelamento de registro, a companhia passa a ser uma empresa de capital fechado, sem alterações em sua composição acionária”, informou a Reag em comunicado.

Em comunicado divulgado no mês passado, a Reag Capital informou que a decisão de solicitar o cancelamento do registro como companhia aberta na CVM refletia a “estratégia de simplificação societária e de foco nos negócios em que a companhia possui maior diferencial competitivo”.

O ‘desmonte’ da Reag Capital

O fechamento de capital acontece em um momento de reorganização das empresas controladas pela holding, após a Reag Investimentos, então sob o controle da Reag Capital, ter sido incluída entre as companhias investigadas pela megaoperação da Polícia Federal contra o PCC.

Poucos dias depois da operação, a companhia anunciou a venda da Reag Investimentos para a Arandu, formada pelos principais executivos da própria Reag. Listada na B3 sob o ticker REAG3, a empresa mantém suas ações negociadas na bolsa, atualmente cotadas a R$ 2,25 cada.

O movimento também envolveu a saída de Altair Tadeu Rossato, que ocupava os cargos de conselheiro independente e membro do comitê de auditoria, e de Fabiana Franco, que renunciou ao posto de diretora financeira.

Após a saída de Mansur, a Reag Investimentos passou para os principais sócios, que desembolsaram cerca de R$ 100 milhões pela participação restante de 87,38%.

Além disso, a holding firmou um acordo de exclusividade com a B100, controladora da Planner Corretora, para vender a Ciabrasf, empresa de administração de fundos e custódia que também fazia parte do grupo Reag.

Reag foi investigada em operação contra o PCC

A megaoperação teve como objetivo de desarticular um esquema criminoso bilionário no setor de combustíveis e foi considerada a maior da história do Brasil contra o crime organizado.

A própria sede da holding na Faria Lima, em São Paulo, foi objeto de mandados de busca e apreensão.

Segundo os investigadores, a Reag Investimentos teria sido usada para a criação de fundos de investimento destinados à compra de empresas e à blindagem do patrimônio dos criminosos.

Em nota, a Reag afirmou que “nunca manteve, mantém ou manterá qualquer relação com grupos criminosos, incluindo o PCC, nem com quaisquer atividades ilícitas”.

“A companhia atua de forma estritamente regular, sempre em conformidade com a legislação vigente e sob rígidos padrões de governança, compliance e auditoria.”

Reag Investimentos — Foto: Divulgação

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