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PF não aceita mudanças negociadas entre Motta e Derrite no Projeto Antifacção

por Redação
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Segundo integrantes da cúpula da PF, o texto ajustado continua retirando autonomia da corporação para iniciar investigações contra facções criminosas, mesmo após a conversa intermediada por Motta.

Conversa entre Motta e Andrei

Motta estava reunido com Derrite quando telefonou para o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, afirmando que fariam mudanças no relatório para restabelecer a autonomia da PF em operações de combate ao crime organizado.

A expectativa era de que o novo texto corrigiria os pontos mais sensíveis para a Polícia Federal.

Mas, ao receber a versão revisada, a PF considerou que os problemas centrais permanecem.

Por que a PF rejeitou o novo texto

Segundo avaliação da cúpula da PF, os ajustes mantêm dispositivos que:

1. Obriga a PF a comunicar autoridades estaduais

Pela forma como as mudanças foram discutidas, a PF teria de informar autoridades estaduais sobre operações e investigações.

Para a corporação, essa regra representa risco de quebra de sigilo e possibilita vazamentos que comprometeriam ações delicadas — justamente em casos que envolvem facções criminosas de grande alcance.

2. Impede o deslocamento automático para a Justiça Federal

Outro ponto criticado é que o novo texto estabelece que a atuação da PF não desloca automaticamente a competência para a Justiça Federal.

Assim, mesmo com a PF investigando, os casos poderiam continuar tramitando na Justiça estadual, o que, segundo a PF, fragiliza a estrutura de combate ao crime organizado e gera insegurança jurídica na condução das apurações.

Segundo integrantes do governo e na visão da própria PF, há uma tentativa de “amordaçar” a corporação.

Clima segue tenso

Mesmo após o contato de Hugo Motta com o diretor-geral Andrei Rodrigues, a Polícia Federal segue insatisfeita com os rumos do projeto.

A avaliação interna é que o relatório — mesmo revisado — continua limitando a atuação federal, mantendo pontos classificados como:

  • retrocesso institucional,
  • risco para operações sigilosas,
  • fragilização da coordenação nacional contra facções.

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