Os nomes que surgiram no Brasil após jogadores vencerem a bola de ouro

Os nomes que surgiram no Brasil após jogadores vencerem a bola de ouro

O g1 selecionou atletas vencedores da Bola de Ouro e identificou o aparecimento de quatro nomes no período em que eles se destacaram dentro de campo.

São eles, em ordem alfabética:

  • Kaká: brasileiro, melhor do mundo em 2007;
  • Messi: argentino, melhor do mundo em 2009, 2010, 2011, 2012, 2015, 2019, 2021 e 2023;
  • Ronaldinho: com os brasileiros Ronaldo Fenômeno, melhor do mundo em 1997 e 2002; e Ronaldinho Gaúcho, melhor do mundo em 2005;
  • Zidane: francês, melhor do mundo em 1998.

Não havia nenhum registro desses nomes no IBGE em décadas anteriores aos prêmios vencidos pelos craques.

Ricardo Izecson dos Santos Leite, o “Kaká”, criou um nome que nem é o seu. O apelido familiar foi escolhido em vez de Ricardo para sua carreira no futebol e, depois de seu auge na década de 2000, virou nome de 121 Kakás pelo Brasil.

Kaká, escolhido melhor do mundo no futebol em 2007 — Foto: Roscoe Myrick/Creative Commons

“Ronaldinho” também surgiu com dois brasileiros que não se chamam exatamente assim. Os Ronaldos Fenômeno e Gaúcho eram conhecidos no diminutivo quando atletas, em carreiras iniciadas na década de 1990 — quando “Ronaldinho” passou a virar nome no Brasil. Desde então, há 187 Ronaldinhos pelo país.

Ex-jogador Ronaldo ‘Fenômeno’ é homenageado antes de amistoso entre Brasil e Escócia, em Londres — Foto: Tom Hevezi/AP

“Messi” virou homenagem ao craque argentino Lionel Messi nos anos 2000 e teve ascensão meteórica até a década de 2010: são 363 Messis brasileiros, sendo que há 42 mulheres com o nome, conforme dados do IBGE.

Lionel Messi em partida pela seleção da Argentina. — Foto: Reuters

Responsável por uma derrota do Brasil no final da Copa do Mundo de 1998, o francês Zinedine “Zidane” foi de carrasco a homenageado na escolha do nome de 711 brasileiros. Não havia nenhum Zidane antes da década em que ele surgiu e explodiu no futebol.

Zinedine Zidane na cerimônia da Bola de Ouro 2022 — Foto: REUTERS

Sem estatística de quando surgiu, o nome Pelé, do rei do futebol, é registrado por 75 brasileiros.

Craques do futebol brasileiro

Outros nomes já existiam e se popularizaram pela carreira de craques que passaram pelo futebol brasileiro.

É o caso de Neymar, atualmente no Santos e maior artilheiro da Seleção Brasileira. Com 23 registros na década de 1950, o nome alcançou o pico de 1.468 registros na década de 2010, quando o jogador vestia a camisa 10 da seleção nas Copas de 2014 e 2018. Ao todo, há 2.443 pessoas chamadas Neymar, com Y.

Neymar antes de Santos x Fluminense — Foto: Jota Erre/AGIF

Campeão do mundo em 1994, Romário contribuiu para popularizar seu nome: saiu de 101 registros em 1940 para o auge de 32.110 na década de 1990, justamente quando venceu a Copa do Mundo nos Estados Unidos. Aposentado do futebol em 2009, Romário viu o nome cair para 861 registros na década de 2010.

O goleiro Taffarel ganhou Copa do Mundo, mas nunca foi escolhido melhor do mundo. Ele, no entanto, popularizou seu nome, que passou a ser registrado pelo IBGE na década de 1980 — quando o atleta iniciou a carreira. São 262 homens chamados Taffarel pelo país. Porém, os registros acabam logo na década seguinte, de 1990, sem novos “Taffareis” depois de 2000.

Ídolos pelo país

Jogadores de futebol que marcaram época em times brasileiros surgem entre os homenageados para crianças que nasceram enquanto ou depois de suas carreiras. É o caso de Zico e Giorgian [Arrascaeta] (Flamengo), Evair e Deyverson (Palmeiras), Rivelino e Sócrates (Corinthians), Dalessando (Internacional), Raí (São Paulo) e Robinho (Santos).

O mesmo acontece até com carrascos de clubes brasileiros, como o argentino Juan Román Riquelme. Ídolo do argentino Boca Júnior, ele venceu três Copas Libertadores com direito a eliminações de brasileiros pelo caminho. O desempenho fez com que alguns dos torcedores o homenageassem.

Veja os números dos nomes de alguns craques do futebol:

  • Riquelme (jogador argentino): 25.942
  • Raí (ídolo do São Paulo): 23.711
  • Rivelino (ídolo do Corinthians): 4.859
  • Evair (ídolo do Palmeiras): 4.673
  • Sócrates (ídolo do Corinthians): 1.836
  • Dalessandro (ídolo do Internacional): 847
  • Deyverson (ídolo do Palmeiras): 695
  • Zico (ídolo do Flamengo): 582
  • Marcelinho (ídolo do Corinthians): 278
  • Bebeto (campeão do mundo em 1994): 247
  • Robinho (ídolo do Santos): 222
  • Maradona (campeão do mundo e ídolo da Argentina): 128
  • Dunga (campeão do mundo em 1994): 90
  • Coutinho (ídolo do Santos): 47
  • Giorgian (de Arrascaeta, uruguaio ídolo do Flamengo): 42
  • Muricy (técnico ídolo do São Paulo): 30

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