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Lula critica intervenção militar na América Latina e afirma que manobras retóricas antigas são usadas para justificar ações ‘ilegais’

por Redação
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Lula: somos uma região de paz e queremos ficar em paz
Sem citar diretamente os Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou neste domingo (9) a intervenção militar em países da América Latina e do Caribe e afirmou que manobras retóricas antigas são utilizadas para justificar ações ‘ilegais’.
“A ameaça de uso da força militar voltou a fazer parte do cotidiano da América Latina e do Caribe. Velhas manobras retóricas são recicladas para justificar intervenções ilegais. Somos uma região de paz e queremos permanecer em paz. Democracias não combatem o crime violando o direito internacional”, disse o presidente.
As declarações foram dadas durante participação na 4ª Cúpula entre a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a União Europeia, em Santa Marta, na Colômbia, neste domingo.
Os governos dos Estados Unidos e da Venezuela têm trocado ameaças após a intensificação de ataques militares norte-americanos a embarcações na região caribenha.
Os americanos afirmam que os ataques fazem parte do combate ao narcotráfico e já deslocaram grande efetivo militar para a região. Trump já disse que o regime de Maduro no país sul-americano está “com os dias contados” e não descartou ações terrestres.
Já o governo de Maduro afirma que os americanos estão agindo para desestabilizar o regime –inclusive com participação da CIA, a agência de inteligência norte-americana – e acusa Trump de estar “fabricando” uma nova guerra.
Os americanos afirmam que os ataques fazem parte do combate ao narcotráfico e já deslocaram grande efetivo militar para a região. Trump já disse que o regime de Maduro no país sul-americano está “com os dias contados” e não descartou ações terrestres.
Já o governo de Maduro afirma que os americanos estão agindo para desestabilizar o regime –inclusive com participação da CIA, a agência de inteligência norte-americana – e acusa Trump de estar “fabricando” uma nova guerra.
Em entrevista a agências internacionais nesta semana, Lula lembrou que já havia tratado do tema com o ex-presidente Donald Trump.
“Tive a oportunidade de conversar com Trump sobre esse assunto, dizendo que a América Latina é uma zona de paz. Aqui não proliferaram armas nucleares. No caso do Brasil, é constitucional, e eu tenho orgulho de ter votado para que não houvesse proliferação de armas atômicas e nucleares no país”, disse o presidente.
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Lula defendeu ainda que o Mercosul e a União Europeia aproveitem a próxima Cúpula do bloco sul-americano, em dezembro, para selar um acordo comercial “baseado em regras” e “em resposta ao unilateralismo”.
“Na próxima Cúpula do MERCOSUL, em dezembro, espero que os dois blocos possam finalmente dizer sim para o comércio internacional baseado em regras como resposta ao unilateralismo”, afirmou Lula, ao discursar na da IV Cúpula CELAC-UE, na Colômbia.
Segundo o presidente, o instrumento possibilitará a formação de um mercado de 718 milhões de pessoas e Produto Interno Bruto (PIB) de 22 trilhões de dólares.
Lula defende que Mercosul e União Europeia digam “sim” ao comércio internacional na próxima Cúpula
Criminalidade
Em seu discurso, Lula defendeu a integração entre os países para atacar as organizações criminosas. Entre as propostas intercâmbio de informações e operações conjuntas como formas de trabalho conjunto para atacar as organizações criminosas.
“Nenhum país pode enfrentar esse desafio isoladamente. Ações coordenadas, intercâmbio de informações e operações conjuntas são fundamentais para que a gente consiga vencer”, destacou o presidente.
Além disso, Lula voltou a repetir que para o combate ao crime organizado ser efetivo é preciso atacar o “financeiro” das organizações.
“É preciso reprimir o crime organizado e suas lideranças, estrangulando seu financiamento e rastreando e eliminando o tráfico de armas. O alcance transnacional do crime coloca à prova nossa capacidade de cooperação”, defendeu o presidente. 
Sem mencionar nenhum país, o petista afirmou que a intolerância tem ganhado força e “impedido que diferentes pontos de vista se sentem à mesma mesa”.
“Voltamos a conviver com as ameaças do extremismo político, da manipulação da informação e do crime organizado”, acrescentou Lula.
Segundo o presidente, “projetos pessoais de apego ao poder solapam a democracia”. “Estamos deixando de cultivar nossa vocação de cooperação e permitindo que conflitos e disputas ideológicas se imponham”, completou.
Presidente Lula discursa na abertura da 4.ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da CELAC e da UE
Ricardo Stuckert / PR
COP 30
Ao falar sobre a COP 30, Lula afirmou que o evento é uma oportunidade para a América Latina e o Caribe mostrarem ao mundo que “conservar as florestas é cuidar do futuro do planeta”.
“A transição energética é inevitável. Nossa região é fonte segura e confiável de energia limpa e pode acelerar a redução da dependência dos combustíveis fósseis”, disse o presidente.

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