Instituto Ramacrisna é a primeira organização social do Brasil a aderir à mobilidade sustentável

Instituição de Betim (MG) incorpora carro 100% elétrico à frota, amplia ações sustentáveis e prepara jovens para o futuro da mobilidade

Em um movimento pioneiro entre as organizações do terceiro setor no Brasil, o Instituto Ramacrisna passou a contar com um veículo 100% elétrico em sua frota administrativa: o modelo BYD Dolphin GS e um hibrido: um Toyota Prius. Com essa iniciativa, o Ramacrisna se torna a primeira organização social do país a aderir oficialmente a mobilidade elétrica, reafirmando seu compromisso com práticas de ESG (Ambiental, Social e de Governança).

A substituição de veículos movidos a combustíveis fósseis por modelos elétricos representa um avanço concreto no combate às mudanças climáticas, alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Enquanto um carro a gasolina emite, em média, 2,4 kg de CO₂ por litro consumido — o que equivale a aproximadamente 200 a 250 gramas por quilômetro rodado —, os modelos elétricos, especialmente quando abastecidos com energia de fontes renováveis, como ocorre no Brasil (com cerca de 83% da matriz energética limpa), podem reduzir em até 70% as emissões de CO₂ durante todo o seu ciclo de vida, segundo estudos da Agência Internacional de Energia (IEA) e da Universidade de Michigan.

A decisão acompanha uma tendência global e crescente no país. De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), o Brasil superou em 2024, a marca de 250 mil veículos eletrificados em circulação, um crescimento de mais de 90% em relação ao ano anterior. Esse avanço é impulsionado pela ampliação da infraestrutura de recarga e pelo aumento da oferta de modelos acessíveis. Somente no primeiro semestre de 2024, mais de 80 mil veículos elétricos e híbridos foram vendidos no país.

Este, é mais um passo importante da Instituição rumo a Agenda 2030. “Essa decisão vai além da economia operacional. É uma escolha ética e ambiental, totalmente conectada à missão do Ramacrisna de atuar com responsabilidade socioambiental e contribuir para o alcance dos ODS”, destaca Solange Bottaro, vice-presidente do Instituto. “Nossa meta é, gradualmente, migrar toda a frota institucional para veículos elétricos, promovendo uma mudança de cultura dentro e fora da organização”, completa.

Formação profissional voltada à mobilidade do futuro

O pioneirismo do Ramacrisna também se estende à área da educação profissional. Atenta às transformações do setor automotivo, a instituição incorporou ao curso de Mecânica de Automóveis um módulo específico sobre veículos híbridos e elétricos. A formação prática foi fortalecida com a chegada do Toyota Prius — veículo híbrido viabilizado por meio da parceria com a Petrobras, dentro do projeto Construindo o Futuro.

Com esse avanço, os alunos têm a oportunidade de aprender, na prática, os fundamentos dessa nova geração de veículos. O curso aborda desde os princípios de funcionamento dos sistemas híbridos e elétricos até normas de segurança para manuseio de alta tensão veicular. Também são oferecidas orientações sobre o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e os cuidados necessários para realizar manutenções com o veículo desenergizado, garantindo a segurança nos procedimentos.

Com isso, o Instituto se antecipa às demandas do mercado automotivo, que, segundo a ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), deve dobrar de tamanho até 2030, e fortalece sua posição como referência na qualificação de jovens para o futuro da mobilidade, unindo inovação tecnológica, sustentabilidade e qualificação profissional de excelência.

Compromisso ambiental é permanente

A adesão à mobilidade elétrica soma-se a uma série de práticas sustentáveis implementadas nos últimos anos. Um dos destaques é a usina solar fotovoltaica instalada na sede, que gera 90 kWp — energia suficiente para suprir cerca de 100% do consumo energético mensal da Instituição, gerando expressiva economia financeira e reduzindo emissões de gases poluentes.

Outras ações incluem a destinação correta de óleo usado nos cursos de mecânica e na fábrica de cercas, o descarte adequado de resíduos eletrônicos, a compostagem, o tratamento de 100% dos efluentes por meio de um sistema de biodigestores, atividades de educação ambiental e a substituição de partituras impressas por tablets na Orquestra Filarmônica Ramacrisna, medida que economiza mais de seis mil folhas de papel por ano.

Com esses passos, o Ramacrisna reforça seu compromisso com os princípios do Pacto Global da ONU, promovendo a preservação do meio ambiente e a construção de um futuro mais sustentável e justo para todos.
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Fonte: Comunicação Ramacrisna
Disponível em: https://tvbetim.com.br

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