Ministro da Fazenda afirmou que manterá relação com o Congresso e que governo nunca falou sobre ‘traição’.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (1), que o governo manterá o diálogo com Congresso após a derrubada do decreto do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Haddad, no entanto, afirmou que aguarda uma ligação do presidente da Câmara, Hugo Motta, para esclarecer a decisão.
Assunto causou mal estar desde que Motta anunciou, na noite de 24 de junho, que a Câmara votaria a proposta no dia seguinte. A decisão pegou o Planalto e lideranças parlamentares de surpresa.
Resultado foi uma derrota histórica para o governo Lula no Congresso. Em um intervalo pequeno, as duas Casas aprovaram a derrubada de três decretos editados por Lula para aumentar o IOF.
Agora, o governo deve entrar na Justiça para tentar reverter o quadro.
Haddad diz que aguarda ligação de Hugo Motta para explicar derrubada do IOF
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (1), que o governo manterá o diálogo com Congresso após a derrubada do decreto do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). E que o Executivo nunca falou sobre traição do Legislativo com relação ao tema.
Haddad, no entanto, afirmou que aguarda uma ligação do presidente da Câmara, Hugo Motta, para esclarecer a decisão.
“Estou aguardando o retorno de uma ligação que fiz para ele na semana passada”, disse Haddad.
“Eu fiz uma ligação e estou aguardando o retorno. [Ele] tem que ficar à vontade também. O presidente Hugo Motta frequentou o Ministério da Fazenda como poucos parlamentares. É uma pessoa que é considerada amiga do Ministério da Fazenda. [De] todos aqui, não é só de mim. E sabe que tem livre trânsito comigo. Não tem nenhuma dificuldade, da minha parte nenhuma”, prosseguiu.
O resultado foi uma derrota histórica para o governo Lula no Congresso. Em um intervalo pequeno, as duas Casas aprovaram a derrubada de três decretos editados por Lula para aumentar o IOF.
Na semana passada, o governo Lula acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) para analisar se a decisão da Câmara dos Deputados de derrubar o IOF. O objetivo é saber se a decisão fere ou não a autonomia entre os poderes.
Motta chegou a dizer nesta segunda (30) que não traiu o Planalto e que já tinha avisado ao governo que o decreto teria muita dificuldade no Congresso.