Governo federal comunica a Castro que vai ao RJ para reunião emergencial após operação com mais de 60 mortos

Governo federal comunica a Castro que vai ao RJ para reunião emergencial após operação com mais de 60 mortos


Operação mais letal da história do RJ causou impactos em toda a cidade
O governo federal vai enviar uma comitiva ao Rio de Janeiro após uma megaoperação contra o Comando Vermelho (CV) deixar mais de 60 mortos e a reação do tráfico fechar vias e interromper o funcionamento de serviços essenciais em toda a região metropolitana da capital.
As informações são do Palácio do Planalto.
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O objetivo é fazer uma reunião de emergência com o governador do estado, Cláudio Castro (PL). Ao blog, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, disse que a União está à disposição, e reiterou que o governador não fez pedido oficial de ajuda ao governo federal.
Além de Lewandowski, farão parte da coletiva o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e o diretor-executivo da corporação, William Marcel Murad.
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Entenda a troca de acusações entre os governos Lula e Castro
Mais cedo, o governador Cláudio Castro (RJ) disse faltar ajuda da União, e que não teve atendidos pedidos de empréstimo de veículos blindados das Forças Armadas.
Segundo Castro, o pedido não foi atendido, porque o governo federal dizia que, para isso, era preciso um decreto da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), e que Lula é contra essa medida.
“Tivemos pedidos negados três vezes: para emprestar o blindado, tinha que ter GLO, e o presidente [Lula] é contra a GLO. Cada dia uma razão para não estar colaborando”, queixou-se Castro.
Em nota, o Ministério da Defesa informou que recebeu um pedido do governo do Rio em janeiro de 2025, feito em relação à morte de uma militar ao ser atingida por uma bala no Hospital Naval Marcílio Dias, em dezembro de 2024.
A Defesa informou que, em razão disso, posicionou blindados nos arredores do hospital, ligado às Forças Armadas, respeitando o limite legal de 1.400 metros em torno de instalações militares, medida voltada à segurança da área e dos militares.
Segundo a Defesa, “a Advocacia-Geral da União emitiu parecer técnico indicando que a solicitação do governo do Rio de Janeiro somente poderia ser atendida no contexto de uma Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), o que demandaria decreto presidencial”.
‘Não recebi nenhum pedido’
Na tarde desta terça, após as declarações de Castro, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou em entrevista coletiva no Ceará que não recebeu nenhum pedido de GLO por parte do governo do Rio.
“Não recebi nenhum pedido do governador do Rio de Janeiro, enquanto ministro da Justiça e Segurança Pública, para esta operação, nem ontem, nem hoje, absolutamente nada”, afirmou Lewandowski.

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