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G7: Lula cita guerras da Ucrânia e no Oriente Médio, diz que há ‘vácuo de liderança’ e falta de protagonismo na ONU

por Redação
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Presidente voltou a pregar diálogo entre Rússia e Ucrânia. E criticou ações de Israel em Gaza. Lula disse que conflito entre Irã e Israel pode fazer do Oriente Médio ‘um único campo de batalha’. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva em imagem de arquivo
Ludovic Marin/Reuters
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (17) que as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio mostram que há um “vácuo de liderança” global. Para o brasileiro, é preciso “devolver o protagonismo” à Organização das Nações Unidas (ONU).
Lula deu a declaração no Canadá, durante encontro de cúpula do G7. O Brasil não faz parte do grupo de países industrializados, porém tem sido convidado para discussões ampliadas. O G7 é formado por Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também participou do evento.
O discurso de Lula não teve transmissão, e o Palácio do Planalto divulgou uma transcrição da fala do presidente. Conforme o texto divulgado pelo governo, o petista voltou a afirmar que, pela via militar, Ucrânia e Rússia não atingirão seus objetivos na guerra que se arrasta há mais de três anos.
O presidente brasileiro reforçou que somente o diálogo entre os dois países “pode conduzir a um cessar-fogo e pavimentar o caminho para uma paz duradoura”.
O petista criticou novamente Israel pelo que chamou de “matança indiscriminada de milhares de mulheres e crianças” na Faixa de Gaza e citou possíveis impactos do conflito recente entre Israel e Irã.
“Os recentes ataques de Israel ao Irã ameaçam fazer do Oriente Médio um único campo de batalha, com consequências globais inestimáveis”, afirmou.
Lula ainda citou a crise no Haiti, com dificuldades para lidar com gangues, para citar a necessidade de fortalecer a ONU – o presidente cobra uma reforma no Conselho de Segurança.
“Não subestimo a magnitude da tarefa de debelar todas essas ameaças. Mas é patente que o vácuo de liderança agrava esse quadro. Estão sentados em torno desta mesa três membros permanentes do Conselho de Segurança e outras nações com tradição na defesa da paz. É o momento de devolver o protagonismo à ONU”, declarou.
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Lula aproveitou o encontro no Canadá para reforçar a importância de acordos entre os países para preservar o meio ambiente e viabilizar uma transição energética.
O presidente, que em novembro será o anfitrião da Conferência do Clima (COP 30), citou o investimento brasileiro em biocombustíveis e alertou que, sem cooperação, não haverá segurança.
“Se a rivalidade prevalecer sobre a cooperação, não existirá segurança energética”, disse.
Lula afirmou que não é possível debater transição energética sem incluir o Brasil, que possui reservas de nióbio, níquel, grafita, manganês e bauxita, além de terras raras.
Segundo Lula, o Brasil não repetirá “erros do passado”.
“Durante séculos, a exploração mineral gerou riqueza para poucos e deixou rastros de destruição e miséria para muitos. Ela não deve ameaçar biomas como a Amazônia e os fundos marinhos”, disse.

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