Fux pede vista e estende julgamento que já tem maioria para manter Moro réu por calúnia

Fux pede vista e estende julgamento que já tem maioria para manter Moro réu por calúnia


STF tem maioria para manter Sérgio Moro réu por calúnia contra Gilmar Mendes
O ministro Luiz Fux pediu vista (mais tempo para analisar o caso) no julgamento que já tem maioria formada — quatro votos a zero — para manter o senador Sergio Moro (União-PR) como réu por calúnia contra o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O processo é analisado pela Primeira Turma do STF, em plenário virtual — modalidade em que os votos são lançados no sistema eletrônico.
Votaram para rejeitar o recurso da defesa e manter o recebimento da denúncia os ministros Cármen Lúcia (relatora), Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin.
Com o pedido de vista de Fux, o julgamento fica suspenso e será retomado quando o ministro devolver o processo para análise.
O ministro Luiz Fux, do STF
Evaristo Sa / AFP
O caso que está sendo julgado
Moro foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por calúnia, após a divulgação de um vídeo em que o senador aparece, durante um evento social, afirmando que iria “comprar um habeas corpus” do ministro Gilmar Mendes.
Em junho de 2024, a Primeira Turma do STF aceitou por unanimidade a denúncia, tornando o senador réu.
A defesa de Moro recorreu da decisão, alegando que a fala foi uma “brincadeira”, sem intenção de ofender o magistrado.
Voto da relatora
Em seu voto, a ministra Cármen Lúcia defendeu a rejeição do recurso da defesa e afirmou que o pedido não apresentou elementos novos que justificassem rever a decisão anterior.
“O exame da petição recursal é suficiente para constatar não se pretender provocar o esclarecimento de ponto obscuro, omisso ou contraditório ou corrigir erro material, mas somente modificar o conteúdo do julgado”, escreveu.
A ministra também destacou que a denúncia da PGR tem base suficiente para justificar a ação penal.
“A denúncia atende ao disposto no art. 41 do Código de Processo Penal e nela se descreve, com o cuidado necessário, a conduta criminosa imputada ao embargante”, afirmou.

Postagens relacionadas

Projeto prevê criação de banco nacional com informações sobre facções

Boulos nega veto de Lula para concorrer nas eleições de 2026, mas diz que objetivo é ficar no governo até o fim

Boulos detalha ‘missão’ dada por Lula para trabalhadores de aplicativos: ‘garantir direitos com flexibilidade’