Quando economizar é resistir: Vittorio Medioli e a crítica às associações municipalistas
→ Ex-prefeito de Betim rebate reportagem e reacende um debate urgente sobre o uso do dinheiro público e os interesses por trás das associações de municípios.
A resposta que não veio na matéria
Nesta sexta-feira (11), o ex-prefeito de Betim, Vittorio Medioli (sem partido), usou suas redes sociais para se manifestar sobre uma reportagem publicada no jornal O Tempo Betim. Segundo ele, foi citado sem ser previamente consultado — o que fere um princípio básico do bom jornalismo: o direito à resposta.
Mas mais do que apontar a omissão da matéria, Medioli foi direto ao ponto: reafirmou sua postura crítica contra a filiação do município a associações municipalistas — como a AMM (Associação Mineira de Municípios) e a Granbel (Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte).
Milhões economizados, obras entregues
“Em oito anos de governo, evitamos gastar milhões com essas associações e investimos esses recursos diretamente em obras e programas sociais”, destacou Medioli em vídeo.
De acordo com o ex-prefeito, a decisão de manter Betim fora dessas entidades não foi apenas financeira, mas ética. Ele acusa tais organizações de abrigarem práticas de nepotismo e favorecimento político, alimentadas pelo dinheiro fácil que entra pelas prefeituras filiadas.
“Vigaristas, desperdício e aparelhamento”
Segundo ele, sua experiência revelou o que chamou de “vários vigaristas” infiltrados nessas estruturas, que se aproveitam da falta de controle sobre os recursos. “O que deveria ser espaço de cooperação entre cidades virou, muitas vezes, um campo fértil para interesses próprios e jogos de poder”, disparou.
O alerta sobre o novo ICMS da Educação
Mais do que uma crítica ao passado, Medioli acende um alerta para o presente. Ele afirma que essas mesmas entidades hoje apoiam a atual política de distribuição do ICMS da Educação, responsável por uma perda de aproximadamente R$ 120 milhões para Betim em apenas 18 meses.
“Essas associações se dizem municipalistas, mas defendem medidas que prejudicam diretamente cidades como a nossa. Como apoiar isso sem trair o povo?”, questiona.
Um debate que precisa sair das reuniões técnicas
A fala de Medioli não deve ser lida como um ataque isolado, mas como um chamado à reflexão. Até que ponto essas associações realmente representam os interesses dos municípios? Qual o retorno prático que oferecem em troca das quantias investidas?
→ Sua crítica sugere algo maior: ” talvez, resistir ao sistema seja hoje o verdadeiro ato de gestão pública responsável.”
E você, o que pensa?
👉 Você concorda que essas associações servem mais à política do que ao povo?
👉 A sua cidade ganha ou perde com a filiação a essas entidades?
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Fonte: Jornal o Tempo Betim
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