Dólar abre em queda na expectativa por dados do PIB dos EUA

Dólar abre em queda na expectativa por dados do PIB dos EUA

Investidores estão atentos à divulgação de indicadores econômicos nos Estados Unidos e no Brasil. Lá fora, o foco está na segunda estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) do trimestre. Por aqui, os dados envolvem preços e consumo.

▶️ Nos EUA, o Departamento do Comércio apresenta a segunda estimativa do PIB referente ao segundo trimestre de 2025. Na leitura anterior, houve queda de 0,5% em relação ao trimestre anterior. A projeção atual aponta para alta de 3,1%.

Outros indicadores aguardados pelos investidores incluem os pedidos semanais de auxílio-desemprego, dados de exportação de grãos e o número de contratos de moradias pendentes em julho.

▶️ No Brasil, serão divulgados dados do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) e dos índices de confiança nos setores de serviços e comércio. O IBGE também apresenta a estimativa populacional para 2025.

Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

💲Dólar

  • Acumulado da semana: -0,17%;
  • Acumulado do mês: -3,29%;
  • Acumulado do ano: -12,35%.

📈Ibovespa

  • Acumulado da semana: +0,90%;
  • Acumulado do mês: +4,61%;
  • Acumulado do ano: +15,73%.

Falas de Haddad e Galípolo

Em entrevista ao “Portal UOL” nesta quarta-feira (27), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que há um entendimento entre o governo e lideranças partidárias para que o projeto que isenta o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil seja aprovado com a compensação proposta pelo governo.

A proposta a que se refere o ministro cria uma taxação mínima para pessoas de alta renda. “Não há hipótese de abrirmos mão da compensação”, disse.

Haddad ainda afirmou que o governo segue disposto a negociar tarifas com os Estados Unidos e atua de forma reativa aos anúncios do presidente Donald Trump, destacando ser impossível prever se os norte-americanos ampliarão sanções ao Brasil caso o ex-presidente Jair Bolsonaro seja condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em julgamento em setembro.

Já o presidente do BC, Gabriel Galípolo, que falou durante evento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a inflação brasileira já começa a convergir para a meta de 3% da instituição, ainda que de maneira lenta.

Segundo o banqueiro central, esse cenário ainda tem demandado que o BC atue com uma política monetária mais restritiva. A expectativa é que a taxa básica de juros (Selic) permaneça no atual patamar de 15% ao ano por um período prolongado.

Agentes de mercado financeiro têm melhorado gradualmente as expectativas para a inflação, mas ainda esperam que o índice de preços fique acima da meta neste e nos próximos anos, de acordo com as estimativas mais recentes do Boletim Focus.

Bolsas globais

Os principais índices acionários de Wall Street fecharam em alta, com o S&P 500 atingindo um novo recorde nesta quarta-feira (27). O índice teve um ganho de 0,24% na sessão, aos 6.481,40 pontos.

Já o Nasdaq avançou 0,21%, para 21.590,14 pontos, enquanto investidores aguardam a divulgação dos resultados trimestrais da fabricante de chips Nvidia. O Dow Jones, por fim, subiu 0,32%, aos 45.565,23 pontos.

Os mercados europeus, por sua vez, fecharam sem direção definida. Além do balanço da Nvidia, a instabilidade política na França também pesa sobre o sentimento do mercado

No fechamento, o índice STOXX 600 registrou leve alta de 0,1%. Em Londres, o FTSE 100 recuou 0,11%. Em Paris, o CAC 40 subiu 0,44%, após queda de 1,6% no pregão anterior. Em Frankfurt, o DAX recuou 0,44%. Já em Milão, o FTSE MIB apresentou queda de 0,72%.

Na Ásia, os mercados fecharam majoritariamente em baixa, com destaque para as bolsas chinesas, que devolveram os ganhos da manhã. A cautela dos investidores aumentou após a valorização de ações ligadas à inteligência artificial.

No entanto, preocupações com a demanda e a deflação se intensificaram após a divulgação de uma nova queda nos lucros industriais da China pelo terceiro mês consecutivo.

Em Xangai, o índice SSEC caiu 1,76%, a 3.800 pontos. O CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 1,49%, a 4.386 pontos. Em Hong Kong, o HANG SENG perdeu 1,27%, fechando em 25.201 pontos. Em Tóquio, o NIKKEI avançou 0,30%, a 42.520 pontos. Em Seul, o KOSPI subiu 0,25%, a 3.187 pontos. Em Taiwan, o TAIEX teve alta de 0,88%, a 24.519 pontos.

Dólar — Foto: Reuters/Lee Jae-Won/Foto de arquivo

*Com informações da agência de notícias Reuters

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