Índice
O dólar começou a terça-feira (25) em baixa, caindo 0,56% às 10h30, cotado a R$ 5,3601. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, opera em alta de 0,36%, a 155.839 pontos.
Com poucos dados locais na agenda, o mercado volta suas atenções às falas de autoridades e ao andamento político em Brasília. Investidores também monitoram o retorno dos indicadores nos Estados Unidos, que devem ajudar a calibrar expectativas sobre a trajetória dos juros por lá.
▶️ No Brasil, o dia é marcado por eventos com participações do vice-presidente Geraldo Alckmin, e do diretor de Política Monetária do BC, Nilton David. Além disos, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, fala à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.
▶️ Ainda no cenário doméstico, o Senado deve analisar o projeto que regulamenta a aposentadoria especial de agentes de saúde e de combate às endemias. A proposta pode pressionar os juros e tem impacto estimado em até R$ 24,7 bilhões.
▶️ O andamento da pauta ganhou força após a indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal (STF) — movimento que ocorreu em meio às articulações envolvendo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o senador Rodrigo Pacheco.
▶️ Lá fora, os investidores acompanham a retomada dos dados americanos, com destaque para o índice de preços ao produtor e para as vendas do varejo de setembro. Esses dados chegam em um momento de expectativa por um possível corte de juros pelo Fed em dezembro.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.
💲Dólar
- Acumulado da semana: -0,11%;
- Acumulado do mês: +0,28%;
- Acumulado do ano: -12,70%.
📈Ibovespa
- Acumulado da semana: +0,33%;
- Acumulado do mês: +3,84%;
- Acumulado do ano: +29,09%.
Negociações Brasil-EUA
A retirada da tarifa de 40% dos EUA sobre alguns produtos brasileiros trouxe alívio principalmente para os exportadores de café e carne, mas deixou o setor manufatureiro à espera de avanços.
Alckmin destacou que o desafio central é ampliar a competitividade dos manufaturados brasileiros e avançar na retirada de mais itens do tarifaço além da lista de lista das exceções. o vice-presidente também afirmou que Brasil e EUA devem abrir novas frentes de negociação além da agenda tarifária.
Bolsas globais
Os mercados americanos iniciaram o dia com leve queda nos contratos futuros, após uma forte alta das ações de tecnologia na véspera. Investidores aguardam dados econômicos e balanços que podem indicar a força do consumo nos Estados Unidos.
Antes da abertura dos mercados em Wall Street, os futuros do Dow Jones caíam 0,16%, os do S&P 500 recuavam 0,19% e os do Nasdaq perdiam 0,33%.
As bolsas europeias operam sem direção definida, em meio à divulgação de resultados de grandes empresas e indicadores econômicos, como o PIB da Alemanha e a confiança do consumidor na França.
Os principais índices registravam: STOXX 600 praticamente estável (+0,01%), DAX (Alemanha) em queda de 0,13%, FTSE 100 (Reino Unido) com alta de 0,12% e CAC 40 (França) avançando 0,05%.
Já os mercados asiáticos fecharam em alta, com destaque para ações de tecnologia, apoiadas por sinais de redução das tensões geopolíticas e pelo otimismo global sobre inteligência artificial.
Comentários positivos sobre relações entre China e Estados Unidos também ajudaram a melhorar o humor dos investidores.
No fechamento, os índices mostraram ganhos: Xangai +0,87% (3.870 pontos), CSI300 +0,95% (4.490 pontos), Hang Seng +0,69% (25.894 pontos), Nikkei +0,07% (48.659 pontos), Kospi +0,30% (3.857 pontos) e Taiex +1,54% (26.912 pontos). Em Singapura, o Straits Times caiu 0,27%, a 4.484 pontos.
Cotação do dólar mostra menor confiança na economia brasileira devido a gastos e dívidas do governo — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução