Desemprego cai em 2 estados brasileiros no 3º tri

Desemprego cai em 2 estados brasileiros no 3º tri

Nas outras 25 unidades da federação (UFs), o índice ficou estável. Veja abaixo.

  • Tiveram queda na taxa de desemprego: Rio de Janeiro (RJ), Tocantins (TO);
  • Tiveram estabilidade: Santa Catarina (SC), Goiás (GO), Espírito Santo (ES), Rio Grande do Sul (RS), Mato Grosso do Sul (MS), São Paulo (SP), Ceará (CE), Maranhão (MA), Alagoas (AL), Amapá (AP), Piauí (PI), Paraíba (PB), Minas Gerais (MG), Pará (PA), Bahia (BA), Amazonas (AM), Rio Grande do Norte (RN), Pernambuco (PE), Distrito Federal (DF), Sergipe (SE), Acre (AC), Roraima (RR), Paraná (PR), Mato Grosso (MT), Rondônia (RO).

Entre os meses de s maiores taxas foram as de Pernambuco (10,0%), Amapá (8,7%) e Bahia (8,5%) e as menores, de Santa Catarina (2,3%), Mato Grosso (2,3%) e Rondônia (2,6%).

De acordo com o IBGE, a média geral de desemprego no Brasil foi de 5,6%. Este é também o menor índice registrado para o período desde que o IBGE passou a calcular o indicador, em 2012.

🔎 O IBGE considera desocupadas as pessoas que não têm trabalho, mas estão ativamente procurando uma oportunidade, mesmo critério usado em padrões internacionais.

Segundo o analista William Kratochwill, o terceiro trimestre costuma ser um período de ajuste no mercado de trabalho, para que as empresas se preparem para as demandas do fim do ano.

“A taxa de desocupação diminuiu devido a um aumento marginal, não significativo, da ocupação e esse aumento promoveu a diminuição do tempo de procura”, explicou.

Desemprego entre mulheres ainda é maior

A pesquisa do IBGE divulgada nesta sexta-feira também compara os níveis de desemprego segundo gênero, cor ou raça e nível de escolaridade.

  • Taxa de desocupação geral: 5,6% no 3º trimestre de 2025.
  • Homens: 4,5%
  • Mulheres: 6,9%
  • Brancos: 4,4% (abaixo da média nacional)
  • Pretos: 6,9% (acima da média)
  • Pardos: 6,3% (acima da média)
  • Ensino médio incompleto: 9,8% (maior taxa entre os grupos)
  • Superior incompleto: 5,8%
  • Superior completo: 3,0% (menor taxa)

Maranhão tem maior taxa de informalidade

A informalidade no Brasil ficou em 37,8% no 3º trimestre de 2025, mas o cenário é muito mais crítico em alguns estados, especialmente no Maranhão, que registrou a maior taxa do país, chegando a 57% da população ocupada sem registro. Em seguida vêm Pará (56,5%) e Piauí (52,7%).

O analista William Kratochwill reforça que os estados mais pobres, como o Maranhão, sofrem mais com a informalidade devido à baixa escolaridade e menor renda média da população.

O destaque do Maranhão também se repete em outros indicadores. Entre os empregados do setor privado, 51,9% têm carteira assinada no estado, o menor percentual do país.

No total nacional, o índice é de 74,4%, com Santa Catarina na liderança (88%). O Maranhão também figura entre os estados com maior proporção de trabalhadores por conta própria, parte de um grupo que representa 25,3% da população ocupada no Brasil.

  • 🔎 Trabalho por conta própria é quando a pessoa trabalha para si mesma. Esse tipo de ocupação pode ser formal (com CNPJ) ou informal (sem registro). Já a informalidade é uma condição do trabalho e inclui todos que atuam sem proteção legal, como empregados sem carteira assinada, trabalhadores por conta própria sem CNPJ, empregadores informais e familiares que ajudam sem remuneração.

Rendimento cresce no Sul e Centro-Oeste

No terceiro trimestre de 2025, o rendimento médio real do trabalho ficou em R$ 3.507, praticamente estável em relação ao trimestre anterior, mas acima do valor de um ano antes.

As únicas regiões com aumento significativo na comparação trimestral foram Sul e Centro-Oeste, cujos rendimentos ultrapassaram R$ 4 mil. Na comparação anual, Nordeste, Sul e Centro-Oeste mostraram crescimento.

Já a massa de rendimento real, que soma todos os ganhos dos trabalhadores, alcançou R$ 354,6 bilhões, estável frente ao trimestre anterior, mas maior que no mesmo período de 2024. O Sudeste registrou a maior massa de renda da série, com R$ 176 bilhões.

Veja os vídeos que estão em alta no g1

Santa Catarina tem taxa de desemprego abaixo da média nacional. — Foto: Foto: Roberto Zacarias/SECOM

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