Evento do Centro Cultural de Capoeira Tradição Mineira reúne comunidade em manhã de cultura, cidadania e valorização da arte afro-brasileira
O bairro Alvorada viveu uma manhã de festa, cultura e movimento no dia 1º de novembro. Sob a coordenação do Contramestre Pequeno, o Centro Cultural de Capoeira Tradição Mineira realizou o 9º Batizado e Troca de Cordas, reunindo alunos, mestres, mestrandos, contramestres, professores, familiares e admiradores na Escola Municipal Francisco de Sales Barbosa, das 9h às 13h.
Ao som dos berimbaus, pandeiros e atabaques, o espaço se transformou em um ponto de encontro da tradição e do aprendizado. As rodas de capoeira deram o tom de uma celebração que foi além do desempenho técnico: reafirmou valores como respeito, disciplina, inclusão e união — pilares que sustentam a prática e a filosofia da capoeira.
O batizado, rito simbólico em que novos praticantes recebem a primeira corda, marcou o início de uma jornada na arte. Já a troca de cordas reconheceu o avanço, a dedicação e o compromisso dos capoeiristas com a formação contínua — não apenas como atletas, mas como cidadãos. Mais do que esporte, a capoeira foi vivida e celebrada como expressão viva da cultura afro-brasileira e da resistência histórica que atravessa gerações.
Para o Contramestre Pequeno, a manhã no Alvorada reforçou a missão do grupo: formar pessoas por meio da capoeira. “Cada gesto, cada canto, cada toque de berimbau educa. A gente treina o corpo, mas também a consciência e o pertencimento à comunidade”, afirmou.
A organização agradeceu de forma especial a todos os mestres e contramestres, mestrandos, professores, familiares, amigos e colaboradores que tornaram possível mais uma edição do evento. A presença coletiva, o incentivo aos iniciantes e o apoio aos graduados criaram um ambiente de acolhimento e troca, onde a experiência dos mais antigos se somou ao entusiasmo dos novos.
Entre jogos marcados pela ginga firme e olhares atentos, o 9º Batizado e Troca de Cordas mostrou que a capoeira segue cumprindo um papel essencial: aproximar pessoas, fortalecer laços comunitários e manter viva uma tradição que ecoa pelos cantos e pelas gingas de Minas Gerais. Ao final, ficou a certeza de que o caminho da formação — técnica, cultural e humana — se faz junto, em roda.
Quem esteve na Escola Municipal Francisco de Sales Barbosa saiu com mais do que lembranças de um grande evento. Levou consigo o aprendizado de que a capoeira é ponte: entre passado e futuro, entre arte e cidadania, entre indivíduos e comunidade. E que, no Alvorada, essa ponte está cada vez mais sólida. Vídeo completo no Youtube. Entrevistas no Instagram.
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Fonte: Centro Cultural de Capoeira
Tradição Mineira