Desse total, 34 blocos exploratórios foram arrematados nas bacias do Parecis, Foz do Amazonas, Santos e Pelotas, somando uma área de 28.359,55 quilômetros quadrados, segundo a ANP.
As nove empresas vencedoras do leilão desembolsaram mais de R$ 989 milhões ao governo pelo direito de explorar as áreas. Agora, a previsão é de um investimento mínimo de R$ 1,4 bilhão na fase de exploração.
Os principais destaques são as regiões pertencentes à Bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial. A área tem sido apelidada de “novo pré-sal” devido ao seu potencial para abrigar grandes reservas de petróleo, embora a exploração levante preocupações ambientais. (leia mais abaixo)
- ➡️ As empresas Petrobras, ExxonMobil, Chevron e CNPC arremataram 19 dos 47 blocos exploratórios de petróleo e gás ofertados na Bacia da Foz do Amazonas, por um valor total de R$ 844 milhões.
Segundo a diretora-executiva de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos, em entrevista à Reuters, a estatal conquistou todas as áreas que pretendia. A empresa concentrou seus lances justamente na Foz do Amazonas, que é considerada uma nova fronteira exploratória.
Veja abaixo os vencedores do leilão.
Onde ficam as áreas de exploração?
Os 172 blocos ofertados no leilão desta terça-feira estão distribuídos em 16 setores, localizados em cinco bacias sedimentares — quatro marítimas e uma terrestre. (veja o mapa abaixo)
- Foz do Amazonas (na costa do Amapá e parte do Pará),
- Potiguar (entre o Rio Grande do Norte e o Ceará),
- Santos (na costa Sudeste, entre o Rio de Janeiro e Santa Catarina) e
- Pelotas (no litoral do Rio Grande do Sul).
A única bacia terrestre é a dos Parecis, localizada nos estados de Mato Grosso e Rondônia.
A bacia Potiguar, situada a 398 km de Fernando de Noronha, foi a única que não recebeu propostas para nenhum de seus setores. Esta foi a terceira vez que a ANP colocou a área em leilão para exploração de petróleo e gás — e, em todas as ocasiões, não houve interessados nos blocos próximos à ilha.
Ao todo, 31 empresas estavam habilitadas a participar do leilão, incluindo grandes companhias como Petrobras, Shell (Reino Unido) e ExxonMobil (EUA), além de petroleiras da Austrália, Bermudas, Catar, China, Colômbia, França, Noruega e Portugal.
Inicialmente, estavam disponíveis 332 blocos, mas apenas os 172 que receberam propostas ou garantias de oferta foram incluídos no leilão desta terça.
Brasil realiza leilão de 172 áreas para exploração de petróleo — Foto: Arte/g1
Preocupação ambiental
Dos blocos ofertados, 63 estavam localizados nas bacias da Foz do Amazonas e Potiguar, ambas situadas na Margem Equatorial.
A região é considerada pela ANP uma “nova fronteira” para a indústria do petróleo, com potencial estimado em até 10 bilhões de barris, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
A ANP informou que o governo federal aposta na atração de investimentos para a região como forma de gerar empregos, renda e desenvolvimento local.
Atualmente, a Petrobras busca obter do Ibama o licenciamento ambiental para perfurar o bloco FZA-M-59 (também conhecido como bloco 59), adquirido pela estatal na costa do Amapá, onde espera confirmar a existência de uma reserva significativa de petróleo. (entenda mais aqui)
Outra preocupação de especialistas diz respeito ao bloco localizado a 398 km da Ilha de Fernando de Noronha.
Presidente da Petrobras defende exploração de petróleo na margem equatorial