Início » BC: déficit das contas externas sobe 21% até outubro; investimento estrangeiro também avança | G1

BC: déficit das contas externas sobe 21% até outubro; investimento estrangeiro também avança | G1

por Redação
bc:-deficit-das-contas-externas-sobe-21%-ate-outubro;-investimento-estrangeiro-tambem-avanca-|-g1

De acordo com a instituição, as contas externas, isto é, o resultado em transações correntes, registraram um déficit de US$ 62,07 bilhões nos dez primeiros meses de 2025, em comparação com US$ 51,51 bilhões no mesmo período do ano passado.

Somente em outubro, as contas externas registraram um saldo negativo de US$ 5,12 bilhões, contra um déficit de US$ 7,38 bilhões no mesmo período do ano passado.

Veja os vídeos que estão em alta no g1

Veja os vídeos que estão em alta no g1

O resultado em transações correntes, um dos principais indicadores sobre o setor externo do país, é formado por:

  • balança comercial: que é o comércio de produtos entre o Brasil e outros países;
  • serviços: adquiridos por brasileiros no exterior; e
  • rendas: remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior.

O Banco Central costuma explicar que o tamanho do rombo das contas externas está relacionado com o crescimento da economia. Quando cresce, o país demanda mais produtos do exterior e realiza mais gastos com serviços também. Por isso, o déficit também sobe.

A piora das contas externas, na parcial até agosto, está relacionada principalmente com o desempenho da balança comercial, que teve superávit de US$ 45,6 bilhões. No mesmo período do ano passado, o saldo positivo foi maior: US$ 55,6 bilhões.

  • ➡️Levando em consideração todo o ano passado, o déficit em conta corrente somou cerca de US$ 66 bilhões (valor revisado).
  • ➡️Para o ano de 2025 fechado, o Banco Central estimou, em setembro, um rombo de US$ 70 bilhões.

Dolar — Foto: Reprodução: TV Globo

Investimentos estrangeiros diretos

O BC também informou que os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira registraram queda de janeiro a outubro deste ano.

Os estrangeiros trouxeram US$ 74,3 bilhões em investimentos nos dez primeiros meses de 2025, contra US$ 68,3 bilhões no mesmo período de 2024.

Mesmo assim, os investimentos estrangeiros foram suficientes para “financiar” o rombo das contas externas de US$ 62 bilhões registrado no mesmo período.

Somente em outubro, os investimentos estrangeiros totalizaram US$ 10,9 bilhões, contra US$ 6,7 bilhões no mesmo mês de 2024.

  • ➡️No ano passado completo, os investimentos estrangeiros diretos no país somaram US$ 74,1 bilhões (número revisado).
  • ➡️Para o ano de 2025 fechado, o Banco Central estimou, em setembro, um valor de US$ 70 bilhões.

Trump retira tarifas de café, frutas e carnes do Brasil

Trump retira tarifas de café, frutas e carnes do Brasil

Gastos de brasileiros no exterior

De acordo com o BC, os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 1,91 bilhão em outubro.

Este é o maior valor para meses de outubro desde o mesmo ano (2014), momento em que as despesas lá fora totalizaram US$ 2,12 bilhões.

A série histórica para os gastos de estrangeiros no Brasil tem início em 1995.

No acumulado dos dez primeiros meses deste ano, as despesas de brasileiros no exterior somaram US$ 18,1 bilhões.

De acordo com o BC, esse também é o maior valor, para o período de janeiro a julho, desde 2014 — momento em que totalizaram US$ 21,7 bilhões.

Alta do IOF e queda do dólar

O crescimento nos gastos de brasileiros lá fora acontece apesar do aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) sobre câmbio, anunciado pelo governo em meados de maio deste ano – que encareceu a compra de moeda estrangeira.

▶️O IOF subiu para compra de moeda estrangeira em espécie, de 1,1% para 3,5%, assim como para remessas de recurso para conta de brasileiros no exterior.

💰A compra de moeda em espécie e as remessas para contas no exterior eram utilizadas por viajantes para pagarem menos IOF do que no cartão de crédito, que, até era de 3,38%. Essa alíquota também avançou para 3,5%.

▶️Se por um lado, a alta do IOF encareceu a compra de moeda estrangeira, a queda na cotação da moeda norte-americana amenizou o valor das transações.

  • Além do dólar, segundo analistas, as despesas no exterior também são influenciadas pelo nível de atividade econômica.
  • Apesar de desaceleração, a economia segue apresentando crescimento neste ano – mesmo com o aumento da taxa básica de juros para 15% ao ano.

você pode gostar

SAIBA QUEM SOMOS

Somos um dos maiores portais de noticias de toda nossa região, estamos focados em levar as melhores noticias até você, para que fique sempre atualizado com os acontecimentos do momento.

CONTATOS

noticias recentes

as mais lidas

Jornal de Minas © Todos direitos reservados à Tv Betim Ltda®