Início » Agro resiliente: faturamento com exportações brasileiras cresce

Agro resiliente: faturamento com exportações brasileiras cresce

por Redação
agro-resiliente:-faturamento-com-exportacoes-brasileiras-cresce

🚢O montante exportado pelo agronegócio brasileiro no período equivale a aumento de 1,6% nos rendimentos com os embarques em comparação com o primeiro quadrimestre de 2024.

☕🍊Os preços do café e o suco de laranja foram os produtos que influenciaram a alta no balanço de vendas ao exterior.

🥩🌳Já em relação ao volume exportado, as carnes, a celulose e o algodão tiveram maior crescimento.📉Entenda panorama, abaixo, na reportagem.

A análise é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, o campus da USP em Piracicaba (SP), a partir dos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), da Secretaria de Comércio Exterior (sistema Siscomex).

Safra de algodão — Foto: Nosso Campo

Pesquisadores do Cepea indicam que esse cenário é resultado da alta de 5,3% dos preços médios em dólar de janeiro a abril, tendo em vista que o volume embarcado recuou 3,5% no período.

“O bom desempenho das carnes brasileiras pode ser explicado pela aquecida demanda internacional – ressalta-se que as tarifas de importação impostas pelo governo dos Estados Unidos não impediram o crescimento da venda da carne brasileira ao país norte-americano. Já nos casos do café e do suco de laranja, a forte alta de preços esteve atrelada às baixas ofertas brasileira e mundial destas commodities”, apontam os pesquisadores do Cepea.

Confira alta dos produtos em volume exportado:

  • 🛢️Óleo de soja (+30%)
  • 🥩Carnes: suína (+17%), bovina (+13%) e de frango (+9%)
  • 🌳Celulose (+11%)
  • 🪶algodão (+17%)

As carnes bovina, suína e de frango tiveram forte crescimento em 2025 e representaram 18% do faturamento total em dólar obtido nos primeiros quatro meses do ano, valor que chegou a US$ 9,2 bilhões, alta de 20% frente ao do mesmo período de 2024. A China foi a maior compradora de carne bovina.

Plantação de soja — Foto: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

O setor florestal ficou na terceira posição neste início de ano quando considerada a participação no valor total gerado com as exportações do agronegócio, com percentual de 11% sobre o total e receita de aproximadamente US$ 5,7 bilhões, alta de 9% em relação ao resultado do primeiro quadrimestre de 2024.

Os principais produtos do setor são a madeira, que tem como principal destino os Estados Unidos, com participação de 42% do produto exportado pelo Brasil no período; a celulose, que tem como destino sobretudo a China (48%); e o papel, que tem como parceiro relevante a Argentina.

Neste ano também, o volume das vendas externas do algodão brasileiro cresceu 16,5%, mas o preço médio do quadrimestre ficou 13% abaixo do valor médio do mesmo quadrimestre de 2024.

China

O boletim da Esalq aponta que a China se mantém como principal destino das exportações do agronegócio brasileiro, mas reduziu um pouco sua participação no valor total dos embarques.

A Europa, Estados Unidos, países do Oriente Médio e Sudeste Asiático aumentaram a participação no balanço de janeiro a abril de 2025.

Justiça dos EUA restabelece 'tarifaço' de Donald Trump

Justiça dos EUA restabelece ‘tarifaço’ de Donald Trump

Expectativas

As pesquisas do Cepea indicam que as exportações brasileiras do agronegócio devem manter o ritmo de alta, principalmente em volume, diante do novo recorde da safra nacional de grãos.

“Por outro lado, o imbróglio diante da política comercial norte-americana, da imposição de tarifas de importação, pode impactar esse cenário, devido à incerteza que gera no ambiente de negócios. Ainda assim, podem ser verificadas oportunidades aos produtos do Brasil, que não terão tarifas adicionais para entrar em outros destinos, como a China, o que deve elevar a competitividade dos produtos brasileiros no mercado asiático”, analisa o Cepea.

Nos Estados Unidos, o resultado de abril mostra que, mesmo diante de tarifas, as importações de carne bovina e suco de laranja do Brasil seguiram intensas.

“No entanto, um menor crescimento da economia mundial pode reduzir a demanda por commodities em geral e influenciar as vendas externas do agronegócio brasileiro”. concluem os pesquisadores do Cepea.

Cenário em 2024

As exportações brasileiras de produtos do agronegócio somaram US$ 164,4 bilhões em 2024, segundo dados compilados pelo Cepea, a partir de informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Depois de quatros anos consecutivos de altas, o faturamento das exportações do agronegócio brasileiro em dólar caiu 1,3% no ano passado quando comparado a 2023.

Plantação de milho verde em sítio do bairro Sabiauna em Itapetininga (SP) — Foto: Beatriz Pereira/g1

Milho e soja puxaram queda

Segundo relatório do Cepea, o recuo na quantidade total exportada pelo agronegócio brasileiro em 2024 foi puxado, principalmente, pelos embarques dos produtos do:

🌾complexo soja (grão, farelo e óleo) – queda de 29%
🌽milho – queda de 28,8%

“O volume exportado desse segmento do agro caiu 3% e o preço médio em dólar baixou 17,6%. Em dezembro, especificamente, o volume total (grão, farelo e óleo) vendido ao exterior caiu 29% em relação ao mesmo mês de 2023 e os preços recuaram quase 19%”, especifica o Cepea. “Os produtos do complexo da soja lideram os resultados do agronegócio com mais de 100 milhões de toneladas escoadas em 2024, ou aproximadamente 50% do do volume total embarcado”, destaca.

Em relação ao complexo da soja, especificamente, com a redução na oferta brasileira, a quantidade embarcada caiu 3% em 2024 e os preços, recuaram 17,6%. O volume escoado do milho recuou expressivos 28,8% e os preços, 15,9%, o que levou à queda de 40% no faturamento em dólar do cereal.

Aumentos

Por outro lado, foram verificados aumentos nos volumes escoados de:

China deve influenciar nos preços da carne

No caso da carne bovina, em 2025, ainda deve prevalecer alguma restrição na oferta de animais por conta do ciclo pecuário, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

“A demanda chinesa deve influenciar os preços da carne, já que o país asiático adquire mais da metade do volume de vendas externas do Brasil”, destaca o Cepea no documento.

VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e região

você pode gostar

SAIBA QUEM SOMOS

Somos um dos maiores portais de noticias de toda nossa região, estamos focados em levar as melhores noticias até você, para que fique sempre atualizado com os acontecimentos do momento.

CONTATOS

noticias recentes

as mais lidas

Jornal de Minas © Todos direitos reservados à Tv Betim Ltda®