Na prática, isso significa que a empresa vencedora aceitou receber um menor aporte financeiro do estado durante o processo de execução e operação do serviço público, o que é mais vantajoso para as finanças públicas.
- Comporte Participações S.A (ofertou desconto de 2,53%)
- Consórcio Travessias SP (ofertou desconto de 8,10%)
- CS Infra S.A (ofertou desconto de 5,53%)
A concessão do sistema à iniciativa privada prevê um investimento de R$ 2,5 bilhões ao longo de 20 anos para operar, manter e administrar as 14 linhas de travessias por balsas em São Paulo.
O governo afirma que a concessão vai modernizar o transporte por balsas no estado, com troca da frota por embarcações elétricas, melhorias em terminais e uso de novas tecnologias.
Na ocasião, o governo disse que “a política tarifária do setor de travessias é demasiadamente sensível” e garantiu que a concessão não vai alterar os valores cobrados nem as gratuidades já existentes.
As 14 linhas do leilão são:
- Travessia Santos – Guarujá
- Travessia Santos – Vicente de Carvalho
- Travessia Bertioga – Guarujá
- Travessia Cananéia – Ilha Comprida
- Travessia Cananéia – Continente
- Travessia Iguape – Juréia
- Travessia Cananéia – Ariri
Região Metropolitana de São Paulo:
- Bororé – Grajaú
- Taquacetuba – Bororé
- João Basso – Taquacetuba
- Porto Paraitinga
- Porto Varginha
Balsa em Ilhabela — Foto: Caio Gomes/ Tribuna do Povo
A concessão prevê a compra de 45 novas embarcações, incluindo modelos elétricos para reduzir poluição e reforçar a segurança climática.
Com a troca das embarcações a diesel, o governo estima evitar a emissão de ao menos 18 mil toneladas de CO2 por ano. Também estão previstas reformas nos terminais.
“Com prazo de concessão de 20 anos e investimentos de cerca de R$ 2,5 bilhões, a PPP das Travessias Hídricas prevê a substituição da frota atual por 45 novas embarcações, das quais 41 com motorização elétrica, além da construção e padronização de terminais com infraestrutura moderna, climatização, banheiros acessíveis e áreas de alimentação e informação”, explica o governo.
O governador Tarcísio de Freitas afirmou que o sistema atual tem problemas de operação e infraestrutura, o que afeta a qualidade do serviço. De acordo com ele, a modernização é necessária para atender à demanda com segurança e eficiência.
Os investimentos também incluem obras em infraestrutura, acessos, calçamentos, apoio a funcionários, construção de novos terminais e reforma dos já existentes.
O governo diz que a nova frota deve reduzir as suspensões do serviço em dias de vento forte, mas admite que interrupções ainda poderão ocorrer.
A concessionária vai receber 20% da arrecadação das tarifas. Os outros 80% serão pagos pelo governo estadual. Atualmente, o sistema transporta cerca de 11 milhões de passageiros e 10 milhões de veículos por ano.
Turistas enfrentam filas de espera de mais de 3h na balsa para deixar Ilhabela – imagem de arquivo — Foto: João Mota/TV Vanguarda