Início » Abin paralela: relembre autoridades e jornalistas que foram espionados no esquema

Abin paralela: relembre autoridades e jornalistas que foram espionados no esquema

por Redação
abin-paralela:-relembre-autoridades-e-jornalistas-que-foram-espionados-no-esquema


Ministros do STF, deputados, senadores, governador, jornalistas e servidores do Ibama e da Receita Federal estão na lista de pessoas monitoradas. PF detectou indícios de esquema de espionagem clandestina pela Abin
Reprodução/GloboNews
A Polícia Federal (PF) concluiu as investigações sobre um esquema de espionagem ilegal montado na Agência Brasileira de Informações (Abin) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O relatório final pede o indiciamento do vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho dele, do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que chefiou o órgão na administração anterior e até de integrantes da agência no governo Lula (PT), por obstrução de Justiça.
No caso Bolsonaro, a Polícia Federal considerou que há indícios do crime de organização criminosa e indicou a responsabilidade dele no relatório. Segundo a PF, o ex-presidente tinha conhecimento do esquema, era o principal beneficiário, e há indícios de ele que fazia parte do núcleo político do grupo que atuou nas ações clandestinas e da instrumentalização da Abin.
O ex-presidente não foi formalmente indiciado nessa investigação porque a corporação entendeu que, como Bolsonaro já tinha sido indiciado pelo mesmo crime de organização criminosa na ação penal da tentativa de golpe — que também trata do uso ilegal da Abin –, não poderia ser indiciado novamente.
O relatório foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e permanece em sigilo. No entanto, em julho do ano passado, o ministro Alexandre de Moraes retirou o sigilo de uma das fases da operação Última Milha, no âmbito das investigações.
Na ocasião, a PF informou que uma série de autoridades tinham sido monitoradas de forma ilegal.
Os espionados pela Abin paralela
Conforme as investigações da Polícia Federal, no esquema que ficou conhecido como Abin paralela, foram monitoradas as seguintes autoridades, servidores e jornalistas:
Poder Judiciário: ministros do STF Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux.
Poder Legislativo: o então presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o deputado Kim Kataguiri (União-SP) e os ex-deputados Rodrigo Maia, que foi presidente da Câmara, Joice Hasselmann e Jean Wyllys (PSOL).
E os senadores: Alessandro Vieira (MDB-SE), Omar Aziz (PSD-AM), Renan Calheiros (MDB-AL) e Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), que integravam a CPI da Covid no Senado.
Poder Executivo: João Doria, ex-governador de São Paulo; os servidores do Ibama Hugo Ferreira Netto Loss e Roberto Cabral Borges; os auditores da Receita Federal do Brasil Christiano José Paes Leme Botelho, Cleber Homen da Silva e José Pereira de Barros Neto.
Jornalistas: Monica Bergamo, Vera Magalhães, Luiza Alves Bandeira e Pedro Cesar Batista.
Infográfico – O que é a Abin paralela, segundo a PF.
Arte/g1
(CORREÇÃO: o g1 errou ao informar que o ex-presidente Jair Bolsonaro está na lista de indiciados pela Polícia Federal no inquérito que apura supostas irregularidades na Agência Brasileira de Inteligência, a Abin. A Polícia Federal considerou que Bolsonaro tinha conhecimento e era o principal beneficiário do suposto esquema montado para monitorar ilegalmente pessoas e autoridades públicas. Para a Polícia Federal, há indícios de que Bolsonaro fazia parte do núcleo político do grupo que atuou nas ações clandestinas e da instrumentalização da Abin, mas o ex-presidente não foi formalmente indiciado nessa investigação. A Polícia Federal entendeu que, como Bolsonaro já tinha sido indiciado pelo mesmo crime de organização criminosa na ação penal da tentativa de golpe — que também trata do uso ilegal da Abin –, não poderia ser indiciado novamente. Ao todo, a PF indiciou 36 pessoas no inquérito da Abin paralela. Entre elas, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro. O ex-diretor da Abin e atual deputado federal, Alexandre Ramagem – ambos do PL – e o atual diretor da Abin, Luiz Fernando Corrêa. As reportagens sobre esse tema foram corrigidas no fim da noite de terça, 17.)

você pode gostar

SAIBA QUEM SOMOS

Somos um dos maiores portais de noticias de toda nossa região, estamos focados em levar as melhores noticias até você, para que fique sempre atualizado com os acontecimentos do momento.

CONTATOS

noticias recentes

as mais lidas

Jornal de Minas © Todos direitos reservados à Tv Betim Ltda®