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Abin paralela no governo Bolsonaro espionou funcionário de Dino nas eleições de 2022, diz PF

por Redação
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De acordo com relatório da PF, em 19 de outubro de 2022 — a menos de duas semanas da votação — o servidor Marcelo Bormevet, ligado ao grupo clandestino, solicitou ao colega Giancarlo Gomes Rodrigues informações sobre Leonardo Cunha de Oliveira, fotógrafo vinculado a Dino. A Polícia Federal afirma que a chamada “Abin paralela”, montada no governo Jair Bolsonaro, espionou um funcionário do então candidato ao Senado Flávio Dino (PSB-MA) durante o segundo turno das eleições de 2022.
De acordo com relatório da PF, em 19 de outubro de 2022 — a menos de duas semanas da votação — o servidor Marcelo Bormevet, ligado ao grupo clandestino, solicitou ao colega Giancarlo Gomes Rodrigues informações sobre Leonardo Cunha de Oliveira, fotógrafo vinculado a Dino. A justificativa foi que “chegou uma info importante pro PR”, numa referência a Jair Bolsonaro.
Relatório da PF aponta que ex-presidente e seu filho definiam alvos de espionagem ilegal em esquema da Abin
Ainda segundo a PF, Bormevet afirmou que o alvo da espionagem “estaria em Brasília, no gabinete do ódio de Nine” — expressão usada por apoiadores de Bolsonaro para se referir a adversários políticos e, no contexto, ao entorno do então ex-presidente Lula, apelidado de “Nine”.
A PF considera que esse episódio reforça o uso da estrutura da Abin para fins políticos e eleitorais pelo núcleo do então governo federal.
Alto potencial ofensivo
Segundo a Polícia Federal, uma organização criminosa de “alta potencialidade ofensiva” atuou a partir da estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), empregando de forma clandestina recursos humanos, financeiros e tecnológicos da instituição para interesses próprios e ilegais.
De acordo com o relatório, as ações eram “controladas pelos altos gestores da ABIN”, que se valiam da hierarquia interna para evitar o envolvimento direto e mascaravam a operação com justificativas de legalidade.
A PF afirma que houve “uso reiterado de recursos humanos e materiais da Agência Brasileira de Inteligência para fins ilícitos, diversos das finalidades institucionais do órgão”. A apuração identificou a formação de uma “estrutura paralela de inteligência” integrada por policiais federais cedidos e oficiais de inteligência, que aderiram às práticas da organização criminosa.
Segundo os investigadores, o objetivo do grupo era a “manutenção no poder, inclusive pelo rompimento do Estado Democrático”.

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